Ouso parafrasear o visconde de Tocqueville, um dos mais renomados pensadores políticos de França: “E a sucessão de erros é quase sempre a base do fracasso”.
Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Deputado PARSIFAL, dentro desse contexto racional e realista, é evidente que, em qualquer época da história social ou política, encontramos, nas instituições vigentes, dois tipos de elementos característicos: uns transitórios, outros duradouros. Os transitórios exprimem o ajustamento dessas instituições ao momento social e político, que está sendo vivido pela coletividade. Os duradouros traduzem os princípios gerais, os fundamentos em que assenta a ordem social e política, os ideais que norteiam o processo evolutivo e que incessantemente se projetam ao futuro, buscando realizar na prática uma concepção do mundo, uma concepção da vida e um conjunto de aspirações e de crenças que se identificam com o nosso próprio destino.
ResponderExcluirO processo evolutivo das democracias , como o de quaisquer outras instituições sociais, é dialético - não no sentido hegeliano e marxista de uma luta de classes ou de um processo de síntese e identificação de contrários que anularia o princípio racional da não-contradição, mas no sentido de uma dialética que se encontra em toda a natureza (no mundo físico, no mundo biológico, no mundo social), onde a descontinuidade dos momentos contraditórios se apresenta como elemento de composição de um mesmo processo contínuo, numa justaposição de planos, coerente e lógica, perefeitamente compatível com o princípio da não contradição.
Ao pensar em futuro, destino e em planos, indaga-se: Qual o futuro a que se destina o PCCS do Poder Legislativo?
...O de que mais necessita o mundo é de esperança...
ResponderExcluirA história das nações está cheia desse jogo tempestuoso de paixões individualistas, de personalismos e de odiosidades, numa eterna contradição entre a crueldade e e clemência, entre a violência e a serenidade, entre a ambição e o desprendimento.
ResponderExcluirPor toda parte e em todos os tempos, o homem se tem revelado sempre o mesmo. Temos que aceitar com realismo - e sem espantos ou lamentações inúteis - as suas contradições, pois constituem riscos inerentes a quaisquer empreendimentos individuais ou sociais.
Se quiséssemos eliminar ou desconsiderar a constante humana de mediocridade, de baixeza e de misérias morais, teríamos que apagar tudo o que o homem criou na face da terra e fugir até ao convívio quotidiano das ruas.
Todavia, não é essa "constante medíocre" o que nos deve impressionar mais e influir em nossas atitudes, mas sim a "outra" constante do homem: a de serenidade, de nobreza, de valor; sua capacidade de remover montanhas para a prática do bem e de construir para o futuro com abnegação e heroísmo. Esquecer essas qualidades superiores se constitui ignorância, má fé e derrotismo mórbido.
Nesse contexto, como fica o PCCS do Poder Legislativo?
Aos que tratam do PCCS,
ResponderExcluirTanto a frase de Tocqueville quanto a paráfrase que montei caem bem no plano.
Tanto "o jogo tempestuoso de paixões individualistas, de personalismos e de odiosidades", quanto "a de serenidade, de nobreza, de valor", e "a capacidade de remover montanhas", caem bem ao plano.
Enfim, o PCCS será uma realidade quando encontrar o contexto "racional e realista", pois o momento em que estamos é o "transitório que exprime o ajustamento da instituição ao momento social e político".
Mas, não tardará o "duradouro, que traduz os princípios gerais, os fundamentos em que assenta a ordem social e política, os ideais que norteiam o processo evolutivo e que incessantemente se projeta ao futuro, buscando realizar na prática uma concepção do mundo, uma concepção da vida e um conjunto de aspirações e de crenças que se identificam com o nosso próprio destino"."
É neste arroubo de momento duradouro que as instituições políticas se consolidam e '
e somente nestes momentos que os políticos agem com total isenção e responsabilidade.
Em se juntando tudo isto, haverá um plano. Fora isto, haverá retalhos.
Soube pelo rádio ontem que Jader e Ana estavam lá com o Lula. Qual o resultado?
ResponderExcluirNão há verdade nisto.
ResponderExcluirDeputado,
ResponderExcluirEntão a Rádio Clube está dando notícia falsa. Estava ouvindo um programa, quando entrou um repórter, se não me engano o Carlos Estácio, e disse que Jader e Ana Júlia estavam em Brasília e naquele momento estavam sendo recebidos pelo presidente Lula.
Interessante que abro o jornal e vejo, o Lula fora do Brasil
Que negócio é esse.
A rádio do dep. Jáder dando alarme falso?
Deputado, com todo respeito, espero que o Sr. não esteja citando Tocquevile, para justificar uma reaproximação do PMDB com esta desgovernadora. Pois se este for o caso, eu e muitas pessoas que conheço, não votaram no Jader nem para senado. Diga para o deputado que esta senhora jamais irar cumprir acordo algum com ele e muito menos com o PMDB.
ResponderExcluirGraças a Deus não é verdade este encontro, diga para o deputado Jader, para ele não cair na lábia desta cobra.
ResponderExcluirAo anônimo das 18:50:00,
ResponderExcluirDe fato foi uma barrigada do repórter.
Ao anônimo das 20:44:00,
ResponderExcluirFique tranquilo, a citação não se referiu ao que você pensou.
Puxa, que pena!
ResponderExcluirNão pelo encontro, mas pela "barrigada" de um repórter de vasta quilometragem como é o Carlos Estácio, que até prefeito já foi e possui um respeitável nome no rádio paraense. Parece que é tempo dele pendurar as chuteiras (microfone).
Deputado, amigo
ResponderExcluirPeço que não publique este comentário, porque assim vai parecer que estamos fazendo - e trocando - diário de bordo.
Na verdade, estou numa cidade próxima a Dublin (50 min. de ônibus), que se chama Bray. Têm seus encantos, mas, por ser pequena, tem seus limites. Há alguns pubs e um pouco de coméciio. Em suma, pouco tem o que se fazer aqui. Em termos de diversão, é claro. Precisamos ir a Dublin.
Agora, me permita fazer um breve comentário acerca de sua postagem, a frase de Tocqueville.
Veja bem: não quero dizer que o senhor não esteja com a razão. Infelizmente, é isso mesmo. Mas sou, talvez ingenuamente, levado a crer que na política podemos também encontrar espaços para experimentar a possibilidade de diálogo e a fraternidade, principalmente num contexto de situação de crise. E isso, deputado, já está emergindo. Não sei se o senhor sabe, mas existe um movimento em Brasília que reúne, vez ou outra, políticos de vários partidos e tendências ideológicas. São pessoas qualificadas, entre as quais deputados e senadores, assessores políticos, enfim. Podemos, sim, vislumbrar, até na Política (P maiúculo mesmo) a unidade.
Grande abraço!
Desculpe-me não concordar com a não publicação do seu comentário. O publico porque o achei valioso e com conteúdo com o qual eu concordo e que muitos que o lerão irão concordar.
ResponderExcluirAcho que o Brasil caminha para um amadurecimento democrático e movimentos como este contribuem para isto.
Um abraço.