Matéria da revista IstoÉ reporta um tease do que seria a delação que o ex-ministro Antonio Palocci estaria negociando com o Ministério Público Federal.
A primeira confissão de Palocci seria que ele é mesmo o "Italiano" das planilhas da Odebrecht, em cuja coluna correspondente aparece o recebimento de R$ 128 milhões.
Como sempre, as partes das delações que mais assanham a imprensa são aquelas que podem incriminar o ex-presidente Lula e nesse particular a suposta proposta de delação de Palocci afirma que ele mesmo criou uma “conta-propina destinada a atender demandas do ex-presidente Lula”.
Essa conta teria sido criada depois de um acordo entre Lula e os executivos da Sete Brasil, em 2010, e para ela teriam sido irrigados um total de R$ 51 milhões que eram movimentados por demanda exclusiva do ex-presidente.
O maior saque dessa conta foi um valor de R$ 13 milhões, efetuados em dinheiro vivo, pelo ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, e entregue para Lula.
Palocci também teria proposto detalhar como conseguiu R$ 50 milhões da Odebrecht para irrigar a campanha Dilma-Temer em 2014 e teria afirmado que ex-presidente sabia da arrecadação ilícita, organizada principalmente por Lula e o ex-ministro Guido Mantega.
Como eu já disse antes aqui, salvo raras exceções, a parte que envolve políticos na provável delação de Palocci traz apenas mais do mesmo, todavia, a proposta também estaria trazendo coisa nova: o ex-ministro estaria pronto para detalhar como “empresas e instituições financeiras conseguiram uma série de benefícios durante os governos petistas, como redução de impostos, outras isenções fiscais, facilidades junto ao Banco Nacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e renegociação de dívidas tributárias”.
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