Sociedade de bandidos soltos?

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Enviado pelo advogado Ismael Moraes, posto abaixo uma observação do teólogo e psicólogo Sérgio Oliveira, sobre a greve da PM do Espírito Santo, que  já teve como efeito imediato, segundo a imprensa, a morte de 100 pessoas até a manhã de hoje (9).

É uma opinião extrema, que reflete obviamente a atitude de uma minoria, todavia, serve para ilustrar aquilo que sempre digo aqui, sobre a bipolaridade moral da nação, que precisa urgentemente de um divã:

“Na greve da PM no Espírito Santo cidadãos comuns foram vistos realizando saques em lojas e supermercados. A ausência da polícia revela uma realidade assustadora: o caos ético e moral que se encontra o nosso país.

Quando a polícia se torna a regra de conduta das pessoas, o instrumento de controle que as impede de cometer crimes percebe-se a falta de consciência ética e moral.

Retirada a polícia vem à tona o desejo latente de um povo corrupto. Idiotice pensar que só políticos são desonestos, tendo oportunidade, muitos se tornam criminosos.

A conclusão é a seguinte: se precisamos de polícia para sermos honestos, somos uma sociedade de bandidos soltos!

Sérgio Oliveira – Teólogo e psicólogo”

Comentários


  1. Neocolonialismo à Galope:

    Com a mesma tenacidade com que caçaram a ex-presidente Dilma Rousseff, as forças conservadoras e oportunistas do cenário político decadente deste país se apressam em podar conquistas sociais duramente adquiridas pelas classes sociais menos favorecidas ao longo de décadas.

    No vácuo de uma grande decepção com a roubalheira do PT para se perpetuar no poder, uma grande parte da sociedade brasileira apoiou o impeachment e sufragou eleitoralmente os partidos mais conservadores em 2016. Quando destes se esperava maior empenho e rapidez em recuperar a economia, o que se está vendo (pelo menos aqueles cujos olhos veem) é uma espécie de chantagem, que busca através da mentira e da desinformação, convencer os mais pobres e sequiosos de uma condição de vida menos miserável, de que somente com a implantação de políticas duríssimas, perversas e anti-sociais... só assim o remédio para a crise sairá da prateleira do mercador.

    Envolvidos em cumplicidade com este processo está a maior parte da grande imprensa, grupos que não levam mais ninguém para as ruas em grandes manifestações (nem levarão), comentaristas famosos, artistas muito bem pagos, e... principalmente... políticos corruptos da mesma base política que participou do escândalo milionário de propinas no governo passado, como se a vilania pudesse ser lavada num lapso de memória coletiva.

    E não só os menos favorecidos estão sob ameaça de retrocesso; pois a cobiça e ambição desmedida dos senhores da terra volta-se também contra decisões históricas em favor do direito de minorias étnicas, ameaçando de uma ampla revisão pelo congresso (na verdade mais uma manobra da direita agrária) dos limites da reserva indígena 'Raposa-Serra-do-Sol', onde os 'Macuxis' e outros grupos vivem desde muito antes da descoberta do Brasil em 1500; uma investida que trouxe de volta até as velhas retóricas da caserna sobre segurança e soberania nacional.

    A falácia de distribuir a terra indígena entre pequenos produtores é uma farsa demagógica que esconde interesses bem mais sólidos, como é o caso da exploração do ouro na Volta Grande do Xingu, que até ontem era responsável pela subsistência da nação Caiapó.

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  2. Regurgitos da Caserna:

    Ninguém menos suspeito que o Cel Jarbas Passarinho, um dos líderes do golpe militar de 64 e co-responsável pelo AI nº5 - ainda que lhe assistisse uma fama de 'nada consta' em relação a esta doença contagiosa chamada corrupção; ao que parece tanto na vida militar da ativa e quanto na reserva - para emitir um parecer sobre a reserva 'Raposa-Serra-do-Sol'; lá nos tempos de ministro da justiça no governo Collor e, mais recentemente, em artigo publicado em 'O Liberal', por ocasião do engajamento do general Heleno num lobbye imoral para tomar a terra dos índios Macuxis, sob a velha falácia de 'ameaça a segurança nacional'. Para o coronel passarinho, já falecido, não existe ameaça nem a segurança nacional, tampouco a soberania nacional. É uma pena que a BAND esteja dando guarita a esta estupidez.

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