Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Parsifal;
ResponderExcluirAinda que tomada no Iraque, com personagens iraquianos, esta imagem é brasileiríssima.
A riqueza mineral do subsolo não é noss; e O que mais parece um espetáculo digno de sorridente selfie pouco importa a quem pouco usufruiu deste tesouro incrivelmente desperdiçado.
Num outro extremo do globo, ferro, petróleo, alumínio e energia hidrelétrica também são riquezas intangíveis pelas gentes, que ainda assim acham graça da vida com IDHs iraquianos.
O que fazer?