Pular para o conteúdo principal

Presos do Rio de Janeiro poderão comprar suas tornozeleiras eletrônicas

Nestes tempos de vacas magras e medidas alternativas para reduzir os custos do sistema carcerário nacional, um deputado estadual do Rio de Janeiro teve um arroubo de providência legal efetiva, em meio a legislorreia que assola Pindorama.

O deputado Dionísio Lins (PP) propôs projeto de lei à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, estabelecendo que o preso que adquire o direito ao uso de dispositivo de rastreamento eletrônico, pode comprá-lo às próprias expensas para gozar desta modalidade de execução penal.

Shot

O projeto, de número 1.989/16, foi aprovado no início de novembro e foi remetido ao governador do Estado, que ainda não lhe exarou sanção, mas certamente o fará, pois no sistema carcerário nacional, a maioria dos apenados que já poderiam estar gozando do monitoramento eletrônico, permanecem em regime indevido porque o sistema penal não tem recursos para comprar as tornozeleiras, braceletes, ou até equipamentos tecnologicamente mais avançados, como chips subcutâneos.

A lei prevê ainda, que os custos do monitoramento poderão ser pagos pelo usuário e que após o cumprimento da pena, não tendo mais o equipamento necessidade para quem o comprou, deverá ser doado ao sistema penal.

A lei prevê também que os apenados que usaram para a sua defesa a Justiça Gratuita, terão preferência no uso dos equipamentos de monitoramento eletrônico providos pelo Estado.

Segundo o Departamento Nacional Penitenciário, cerca de 250 mil presos provisórios do Brasil têm direito à liberdade assistida por monitoramento eletrônico e se apenas 20% deles comprassem o equipamento, o sistema carcerário nacional economizaria em torno de R$ 56 milhões por mês, o que viria a ser R$ 672 milhões por ano.

Comentários

  1. bela ideia...e, imagino que deva ter surgido em uma mesa de bar!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.

Campanha para nomeação de Defensores Públicos aprovados em concurso

Os aprovados no concurso da Defensoria Pública do Pará, em 2009, labutam pela nomeação e, às vésperas da expiração do prazo do concurso, 23.07.2011, iniciam uma campanha para não terem as suas expectativas frustradas. No concurso de 2009 foram aprovados 148 candidatos, dos quais 56 foram nomeados e 92 aguardam nomeação. Por emenda da deputada Simone Morgado, o Orçamento do Estado, para 2011, prevê dotação para a contratação de 45 Defensores Públicos. A Defensoria Pública do Pará está recebendo, desde janeiro deste ano, os repasses financeiros já acrescido o valor da emenda citada, mas, até o momento não notificou os aprovados para nomeação, assim como não dá explicação alguma da não providência. Dos 144 municípios do Pará, 83 não possuem Defensores Públicos. Das 117 comarcas instaladas no Pará, em apenas 65 há Defensores Públicos lotados. O Grupo de Concursados requer a nomeação dos 45 Defensores Públicos para os quais o órgão possui dotação orçamentária e recursos financeiros para c...