Pular para o conteúdo principal

Olha ele aí de novo!

Shot007

O peculiar Newton Ishii, agente da Polícia Federal que ficou famoso como o "Japonês da Federal", preso em junho desse ano (2016), por condenação transitada em julgado, por facilitação de contrabando, deu o ar da sua graça novamente, nas operações da PF.

Ishii cumpre pena em “regime semiaberto harmonizado” - eu não sabia que existe esse regime “harmonizado”. Pensei que isso era coisa de enólogo – ou seja, trabalha durante o dia e não precisa dormir na prisão. Se um dia eu for condenado, quero um “regime semiaberto harmonizado”.

A condenação não permite que Ishii ultrapassasse os limites da Região Metropolitana de Curitiba, onde a pena é cumprida, por isso não mais tivemos o prazer de ver o dito cujo conduzindo os meliantes Brasil afora.

Mas eis que Ishii foi designado para recepcionar ontem (5), no aeroporto de Curitiba, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e hoje (6) o pecuarista José Carlos Bumlai, ambos conduzidos presos a Curitiba. Como Moro não tem mais muitos para prender, ele está mandando “reprender” quem já soltou.

Shot005

Nada é ilegal a designação de Ishii para a tarefa. Ele é um policial federal e a pena lhe permite trabalhar na função, mas bem que a PF poderia evitar essa idiossincrasia, afinal, a imagem é de um condenado por corrupção conduzindo à cadeia um processado por corrupção.

E a solércia do procedimento é que ao fazer isso, assim como o ladrão que rouba o outro tem o perdão centenário, Ishii estará diminuindo a própria pena com o trabalho.

Eu sempre digo que sexo é ótimo, mas não precisa ir fazer no meio da praça ao meio-dia.

Comentários

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.