Antigamente, o Ministério Público fazia as denúncias aos juízes. Hoje em dia, dependendo de quem se trata o denunciado, a denúncia é feita em cadeia de rádio e televisão.
Ao chegar em casa, após o espetáculo midiático de ontem (14), o procurador da República Deltan Dallagnol, se deve ter posto em frente ao espelho, a admirar a si mesmo. Daqui a pouco, Dallagnol não mais vai se amar, vai se invejar.
Sem analisar o mérito da denúncia, pois é provável que seja verdadeiro uma parte, ou o todo, do que nela está lavrado, o procurador, no seu comício eletrônico, adotou um tom claramente político, sopesando termos batidos pela oposição ao PT.
Desde a semana passada, Dallagnol convidou para o comício de ontem. E para causar suspense, aumentando assim a audiência, não revelou o assunto, mas advertia que se tratava de algo bombástico.
Mas eis que a montanha projetou um rato na parede, pois tudo o que o procurador “revelou”, já fora amplamente divulgado pela imprensa nacional. Ele apenas sistematizou as manchetes, para concluir aquilo que, segundo as pesquisas de opinião, 61% da população já acha: Lula é culpado.
Com o tom político que caracteriza toda a peça, o procurador afirmou que “a corrupção sempre existiu no Brasil”, mas “a profissionalização dela foi inaugurada pelo PT”, e deixa claro, nas entrelinhas, que foi ele quem descobriu o “maior escândalo de corrupção no Brasil”.
Em apertada síntese, a denúncia apresentada ontem (14) imputa ao ex-presidente Lula sete atos de corrupção passiva e 64 de lavagem de dinheiro: Lula teria, de forma criminosa, adquirido e reformado um tríplex no Guarujá e comandado, diretamente, todos os pagamentos de propina feito pela OAS aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e ao ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, em três contratos para obras em refinarias.
Desta forma, o MPF denuncia Lula, como o “comandante do Petrolão”, ao afirmar que ele “decidiu em última instância e em definitivo acerca da montagem do esquema e se beneficiou de seus frutos”.
Para ver o infográfico com o suposto iter criminis, clique aqui.
Professor por favor ajude este ignorante... convicção faz parte do sistema que condena ou absolve?
ResponderExcluirNão, tem que provar a convicção, mas no caso do réu ser um político, basta denunciar, não precisa nem estar convicto.
ExcluirMeu caro Parsifal, você foi direto no ponto: a impressionante vaidade de membros do MP, que está implodindo a instituição.
ResponderExcluirParsifal;
ResponderExcluirEnjoa ouvir mais um discurso de Lula. Nem precisa; basta lembrar do último e requentar as mesmas tiradas humorísticas e professorais-de-político-pobre cada vez menos engraçadas, ao ponto da própria claque do PT já não conseguir acompanhar o seu maestro no time da piada.
mas eu sempre pergunto , pq só o pessoal do Pt ??????
ResponderExcluirCaro Parsifal. Como advogado e político, vc sabe muito bem que uma lambança das proporções do Mensalão e Petrolão, que a imprensa sempre noticiou e não consta que os supostos injustiçados tenham ido à Justiça contra quem divulgou o estupro da grana pública, não funcionaria sem no mínimo a criminosa omissão dos dirigiam o país. Não é factível que mesmo nós que estamos aqui no interior do Pará tenhamos conhecimento e os mandatários maiores não sabiam de nada, como sempre foi o mantra desses malandros. Quem foi à Justiça contra a imprensa não logrou sucesso. Isso é fato! Como é que se comprou tanto apoio parlamentar e o Lula, beneficiário direto da docilidade de parte de um Congresso amestrado não sabia de nada? Daí nasceu o Mensalão. Um gerente de alguma coisa na Petrobras após ser inquirido pelo MP e PF, um tal senhor Barusco, se propôs a devolver 190 milhões de grana surrupiada. Novamente o Lula não sabia de nada e a Dilma de nada sabia. Não é razoável, Parsifal. Não encaixa. Se o MPF, a PF e o Juiz Moro cometem arbitrariedades, que a Justiça lhes corrija o prumo. Consta que as Cortes superiores têm referendado a esmagadora maioria das decisões do Juiz Moro. Se o cara já se intitulou a " alma mais honesta do país ", do que tem a temer? O problema dessa gente é que uma mentira puxa a outra, que puxa outra... Se o ônus da prova cabe a quem acusa, como reza a Lei, e o Lula diz que não há nada contra ele, porque diabos ele tem ido seguidamente ao Supremo para barrar investigações? Quem conhece um mínimo dos intestinos de Brasília sabe perfeitamente que nada do que está acontecendo é surpresa. E pode apostar que quando abrirem as entranhas das tenebrosas transações - o Chico, defensor do Lula nos deu o mote - dos Fundos de Pensão dos Correios, Caixa, Banco do Brasil e Petrobras virá à luz muita coisa fedorenta. Ah!, e tem ainda os segredos do BNDES. Uma desgraceira desse tamanho não seria feita sem a solene aquiescência dos degraus de cima.
ResponderExcluirlula 2018
ResponderExcluircade a safadesa psdb aecio citado na delaçao eo helicoco do parela
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