A foto, cortada do quadro “Cena da Cidade”, publicada ontem (16) no Diário do Pará”, faz uma pitoresca tomada da cena de um assassinato em Belém, a 26° cidade mais violenta do mundo e a 9ª mais violenta do Brasil, segundo levantamento da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, em cidades com mais de 300 mil habitantes.
Rouba a cena o cachorro, pachorrentamente bocejando no limite da fita que separa os curiosos do corpo que jaz secundária e propositalmente desenquadrado pelo fotógrafo, pois o que ele deseja mostrar não é um corpo inerte, que para efeitos oficiais, não passa já de um número a mais na vergonhosa estatística que a incontida violência urbana nos impõem, mas a atitude dos sujeitos dela, desde sempre, em um quê de contemplação frente à brutalidade.
A trilha sonora da fotografia é “De frente pro crime”, de João Bosco, que começa exatamente com a frase que empresta título à postagem.
A medida que nos habituamos sem nada fazer com o sofrimento e a morte estúpida do nosso irmão vamos abrindo mão da nossa humanidade
ResponderExcluiré preciso que as pessoas de bem tenham coragem de enfrentar os responsaveis pelas leis, pelo funcionamento dos diversos orgãos de segurança, naturalmente incluindo a justiça, coragem de enfrentar todos os maus e hipocritas que zombam das pessoas de bem e das pessoas que pensam e não dizem amén para a cartilha dos entendidos. Hay que tener ganas, não basta fazer de conta que é contra a violencia.
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