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Ex-presidente da OAS afirma que repassou dinheiro, em caixa 2, para a campanha de Marina Silva, em 2010

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O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, resolveu, em sua delação premiada na Lava Jato, arranhar a reputação de uma das poucas figuras ainda ilibadas na política nacional.

Trata-se da ex-senadora e atual presidente da Rede, Marina Silva, a quem Pinheiro alega ter repassado dinheiro para a campanha à presidência de 2010, por caixa 2, quando ela disputou a eleição pelo PV.

Delata Pinheiro que o dinheiro foi entregue a Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a vice-presidente de Marina naquela eleição, e que tudo foi presenciado por Alfredo Sirkis, então candidato a deputado federal pelo PV e coordenador da pré-campanha de Marina.

O perfil de Marina Silva, avessa aos calabouços das negociações políticas para arrecadar fundos de campanha, autoriza que lhe seja dado o crédito, não de não ter usado, mas de não saber de onde estava vindo o que era usado, pois uma campanha presidencial, por mais espartana que seja – e  a de Marina, em 2010, não foi espartana - não custou exatamente o que foi declarado à Justiça Eleitoral.

A delação premiada de Léo Pinheiro idem afirma que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), também teve a sua campanha irrigada por caixa 2, tanto da OAS quanto da Odebrecht, que também já assinou acordo para entregar todos os arquivos de caixa 2 já praticados pela empresa até hoje.

Deve ser um arquivo bem grande esse…

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