Poderes despendem R$ 41,64 bilhões por ano com cargos de confiança e comissão

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O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou um relatório revelando que os três poderes da administração pública federal (Executivo, Legislativo e Judiciário) gastam R$ 3,47 bilhões por mês com funcionários em cargos de confiança e comissionados, o que vem a ser uma soma de R$ 41,64 bilhões por ano.

O relatório do TCU, ao detalhar o perfil de 278 órgãos federais, revela que em 65 deles os cargos de confiança e comissão passam de 50% do total de empregados.

Além do perfil orgânico do dispêndio, o TCU revelou a localização espacial deles: os maiores percentuais de cargos de confiança e em comissão estão nos poderes Legislativo (60,9% do total das despesas com pessoal), e no poder Judiciário (56,9%).

01Na administração direta do Executivo Federal está o menor percentual de cargos de confiança e comissionados, com cerca de 30% do quadro de pessoal.

Os comissionados, que são nomeados por exclusiva discricionariedade dos presidentes dos poderes ou órgãos públicos, são 346 mil. Desses, cerca de 30 mil são filiados a partidos políticos. As legendas que mais ocupam esses cargos são PT (13,6% do total), PMDB (10,9%), PSDB (9,6%) e PDT (6,5%).

Revela o TCU que a Fundação Cultural Palmares, uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura, que é, ou deveria ser, “voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira”, tem o maior percentual dos seus funcionários comissionados filiados a partidos políticos, seguida do Ministério do Desenvolvimento Agrário e pelo Senado.

A maioria dos partidos cobra uma contribuição do comissionado nomeado, por isso a nomeação se tornou uma fonte de renda partidária. No início de maio, o jornal O Globo publicou que o PT tinha 10 mil filiados empregados na administração direta do Executivo Federal.

Repisando o valor total despendido com os cargos de confiança e comissão, a quantia paga em um ano (R$ 41,64 bilhões) representa 1,5 hidrelétrica de Belo Monte, a maior do Brasil.

Se esse dispêndio fosse cortado ao meio, e é absolutamente possível fazê-lo, a economia de R$ 20,5 bilhões ao ano seria o suficiente para zerar o déficit público em 10 anos e ainda teria troco.

Comentários

  1. numeros da cdp: funcionarios com 46 anos de sertviço 01.com 45 anos de serviço 02,com 44 anos de serviço 02,com 43 anos de serviço 02,com 42 anos de serviço 03,com 40 anos de serviço 05,com 39 anops de serviço 03,com 38 anos de serviço 11,com 37 anos de serviço 015,com 36 anos de serviço 014,com 35 anos de serviço 020, conforme planilha de pagamento de 24 de setembro de 2013. ou seja ..."casa de ferreiro espeto de pau"

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  2. Parsifal;

    Esse é o retrato do Brasil que não dá certo, ou o 'Brasil Frankenstein' como você disse. Depois o governador Simão Jatene vem com a cara mais cínica do mundo dizer que não pode dar aumento de salários aos servidores porque isso iria 'estourar o limite de gastos com pessoal'.

    Daria se não fossem os 650 aspones empoleirados na assessoria especial da governadoria (número 10 vezes superior ao do governador de São Paulo)e outros milhares de cargos comissionados desnecessários, com os quais negocia favores políticos.

    Renovo meu apelo para que os servidores públicos do Pará entrem com projeto de lei alterando todas as demais leis que regularam o assunto, incluindo a partir de hoje severa limitação nos cargos de assessoria especial e outros.

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    Não entendi o comentário anônimo anterior sobre a CDP. Será que está se queixando de uma certa 'gerontocracia' no órgão?

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    Será que tem alguma coisa a vêr entre os petistas empoleirados em cargos comissionados federais e a defesa que o senador Paulo Rocha fez de Renan Calheiros? Será que... não, isso não... seria o cão voltar ao vômito.

    PT e PMDB estariam caminhando para aquela situação da fronteira do Irã com o Iraque, em que o sentinela tem de perguntar várias vezes para o entrante se este é amigo ou inimigo?

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    Respostas
    1. Quando deputado, fiz uma emenda em um projeto de lei do governo, que diminuía de 3 mil para 600 os cargos em comissão no governo. A negociação fez ficar em 1,5 mil o que ainda é um absurdo.
      É, eu também não entendi, antes porque quem tem tanto tempo de serviço, mesmo que não tenha sido concursado, já adquiriu estabilidade constitucional.
      Mas a CDP, como qualquer outro órgão público, tem cargos comissionados que deveriam ser diminuídos, mas isso não é competência da diretoria.

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  3. o excesso de crgos em comissao realmente é um problema serio, e o pior é que a mentalidade não é de prestar um serviço util, a mentalidade é saquear os cofres publicos.
    A respeito desses desvios que vemos noticiados nos jornais todo dia, existe um efeito inflacionario forte poucas vezes comentado. O pior não é aquele problema que os economistas nos ensinam, istoé se houver muito dinheiro automaticamente vai haver mais inflação. O pior é que os corruptos geralmente pressionam o cambio, ao converter o dinheiro mal havido em moeda estrangeira, oureceber direto em moeda estranfeira (nesse caso alguém converteu antes). Isto gera aumento na cotação do dolar que por sua vez gera inflação rapidamente.

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