Grande parte das medidas que o presidente interino Michel Temer (PMDB) pretende realizar, depende de aprovação do Congresso, e se ele deseja dar uma resposta rápida à sociedade, o Congresso precisa votá-las rápido.
Algumas medidas demandam alteração constitucional, o que requer maioria de dois terços três quintos do Congresso, o que Temer conseguiu, na apreciação do impeachment, nas duas Casas.
Na caderneta política da distribuição dos 23 ministérios, lê-se que foram contemplados 11 partidos, que somam, na Câmara Federal, 377 deputados.
É válido colocar na conta o SD e o PSC, que somam 22 deputados. Ambos, embora não tenham sido contemplados com ministérios, auferiram espaços de segundo escalão que os valem.
Temer, em tese, teria então, na Câmara Federal, 399 dos 513 votos que a compõem, o que lhe confere folgada margem para aprovar, inclusive, alterações constitucionais.
No Senado, proporcionalmente, o quadro assemelha-se ao da Câmara Federal, pois a aritmética ponderada foi observada na distribuição dos ministérios entre as duas Casas, guardada a proporcionalidade de importância estrutural e orgânica das pastas. Nesse ponto, o núcleo de Temer, e ele mesmo, com larga experiência nesse tipo de matemática, começou bem.
[Essa falta de manejo foi um dos pontos frágeis de Dilma Rousseff, que além de nunca ter percorrido as trilhas empoeiradas da política de coalizão, cercou-se de assessores que não fizeram sequer estágios em câmaras de vereadores. E não há demérito às câmaras de vereadores: elas são o que há de mais genuíno e original na política, pois o vereador é o elo primeiro entre o eleitor, na forma mais proto democrática da acepção, e a face formal do Estado]
É cediço, todavia, que governos são tão provedores de soluções quanto são fonte de problemas, e manejar estas duas variáveis na equação da governança é uma ginástica indigesta no avacalhado presidencialismo de coalizão que adoece a República.
É na perícia desse manejo que se estriba o sucesso ou a fracasso de Temer, pois poderá ele buscar tudo o que, de boa vontade, pretende, mas se continuar a fazer mais do mesmo na política, essa o sabotará, como sabotou as boas intenções que poderia ter tido a presidente Dilma.
Temer deverá, na política, pelo menos, fazer menos do mesmo, pois mudanças radicais apenas revoluções promovem e, mesmo assim, não sói saber se o futuro que elas plantam será pior que o presente que elas pretendem soterrar, pois revoluções são meros jogos de paixões humanas, na base do cara ou coroa.
cade a mídia a oposição , temer deu foro privilegiado pra uma cabada de corrupto e ninguém falou nada.é só o começo
ResponderExcluirAnônimo;
ResponderExcluirNem mídia, nem aquela velocidade com que corriam os fatos na lava-jato. Eles já conseguiram o que queriam.
Ontem à noite, ouvindo a entrevista do novo ministro da fazenda, tive a impressão de que teremos pela frente mais impostos, mais arrocho salarial no serviço público, etc.
Se os servidores públicos não se auto-empossam, e nem mandam em nada, como é que nessas horas são os primeiros que apanham? Isso me parece coisa de bode expiatório (veja o comentário a seguir).
Funcionalismo Público do Pará: A Demanda... O Modelo Político ... Os Erros ... e os Culpados.
ResponderExcluirAs pessoas que demandam saúde pública carregam consigo rótulos de origem:
* Não consegue pagar plano de saúde;
* É fruto de maternidade precoce e dessassistida;
* é de família pobre enumerosa;
* Tem dificuldade em manter hábitos de higiene e de saúde;
* Não encontrou orientação médica preventiva, nem no início da doença, e nem medicação curativa adequada;
* Vive em condições de saneamento de má qualidade;
* Fumou e/ou bebeu por muito tempo;
* Ganha mal e se alimenta mal;
* Mora distante;
* É vítima de violência... etc.
Num plano cartesiano desenha-se uma realidade matemática onde a curva de crescimento é ascendente.
O número de unidades de saúde e de prestadores de serviço deveria se pautar por uma realidade: ou a atenção à saúde aumenta de tamanho ou se torna mais eficiente - e aí vamos ter que conceituar o que é eficiência.
No governo Jatene o investimento na saúde só fez aumentar o tamanho da rede - e agora ele 'descobriu a pólvora', quando diz que a folha de pagamento tem de ser congelada.
Seguindo a lógica de Simão Jatene, nem este ano nem nos próximos 20 anos vai haver condição para dar reposição salarial aos servidores, porque o tamanho da rede de saúde cresce bem mais que a arrecadação estadual.
O governo Jatene nunca demonstrou interesse em aproveitar as unidades existentes e lhes capacitar - prefere construir e inaugurar unidades novas: é um proselitismo obreiro altamente comprometedor. A metade dos pacientes do H. Metropolitano poderia ser atendida em outras unidades da capital e do interior se estas recebessem investimento público com equidade (um princípio do SUS).
Essa 'centralização-de-demanda-evitável' além de diametralmente oposta ao que diz o SUS, é estimulada pela relação do governo com Organizações Sociais e cooperativas médicas, que lucram em cima da duplicação de despesas do estado.
OSs e Cooperativas médicas também atentam contra outra importante diretriz do SUS: a saúde integral, ou seja, tudo aquilo que é saúde mas não pertence ao domínio dos médicos - recuperação da fala, dos movimentos, do psicológico, do ocupacional, do ambiente social, etc - ou não se faz ou se relega a um segundo plano.
A saúde pública no Pará também serve para fazer rodízio de milhares de contratações temporárias e eleitoreiras, muitas destas nas atividades meio (gordura administrativa).
O Ministro da Fazenda, anuncia que vai impor a sociedade o tarifaço. Ora, será que este governo não ouviu as ruas, será que não perceberam que a população não vai suportar pagar a conta dos desmandos governanmentais pretéritos.
ResponderExcluirSerá que é tão difícil para a classe política eleita tomar medidas impopulares contra si? Será que este novo governo não percebeu que a população não aguenta mais o que está aí? Vivemos em um país que morrem 60 mil pessoas por ano, o que precisa para o Congresso, Judiciário e Planalto perceberem que o brasileiro não acredita mais em nenhuma instituição, e ainda temos que ouvir este discurso que as Instituições estão fortalecidas. Ora, eu quero andar na rua, sem medo de morrer, isso sim é perceber Instituição forte.
Nenhuma reforma da previdência irá passar no Congresso, pois, as questões corporativistas não permitirão. Ora então faça uma reforma da Previdência para ser aplicada aos novos servidores, para que a daqui a 10 anos não vir um governo dizer que precisa-se de uma reforma da previdência, pois, a previdência vai quebrar.
Vamos acabar com os recessos e colocar a máquina pública para trabalhar.
Vamos acabar com os aluguéis de imóveis para funcionamento de órgãos públicos. Quanto o Poder Público não gasta com o pagamento de aluguéis a cada ano?
Por que o Poder Público deixa prédios públicos abandonados sem uso?
E os cargos comissionados, não poderiam ser diminuídos, e serem preenchidos com pessoas qualificadas do próprio quadro efetivo?
As viagens oficiais são necessárias para assinatura de contratos bilaterais, mais é necessário uma delegaçã de 30 pessoas?
E as verbas gabinetes para cada parlamentar, será que não poderia ser reduzido?
Muitos aposentados tem disposição para trabalhar, não se poderia reduzir a carga tributária para as empresas serem estimuladas a contratar estas pessoas?
E os ex-presidiáriios que quando conseguem cumprir suas penas, por motivos óbvios não coseguem ser recolados no mercado de trabalho. Também, não poderia ser dado incentivos fiscais as empresas para contratar estas pessoas?
O brasileiro quer trabalhar as empresas querem produzir, temos que parar de demonizar o lucro em nosso país, e icentivar o setor produtivo, pois, é este setor quem move a enconomia. São 12 milhões de desempregados no Brasil, e essas pessoas, querem emprego e este novo Governo, não pode adotar práticas velhas.
As sugestões acima por certo não resolveriam todos os males do país, mais seria uma sinalização a população brasileira que alguma coisa esta sendo feita.
Obrigado ao blog pelo espaço, de alguém persistente que ainda acredita que o Brasil tem jeito.
Andrade Gutierrez foi a empresa contratada pelo Duciomar para a construção do Portal da Amazonia. Se ela pagava 10% para todos os governadores, inclusive para o Eduardo Braga, doestado vizinho Amazonas, conforme reportagem do Jornal Nacional, claro que ela pagou também para o Ducionar. Por que o Ministério Público Federal do Pará não toma providencias para obter a delação premiada dos diretores da Andrade Gutierrez para processar o Duciomar.
ResponderExcluirAprovação de EC requer 3/5
ResponderExcluirCorreto. Já está corrigido. Obrigado.
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