Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Parsifal;
ResponderExcluirSe eu tivesse o usufruto de um 'sitiozinho-de-merda' como aquele do Lula, com um enorme chalé em clima de serra, churrascaria anexa, com riachão, espaço para nadar, sistema de transposição para peixes de piracema, pesqueiro privado, gramado para bater aquela bola, casa de caseiro, um bosque lindo e um laguinho onde pudesse dar voltas de barquinho na companhia de uma bela sereia... e para variar pudesse dispor também de um 'apartamento-triplex-de-merda' da charmosíssima Guarujá, de frente para o oceano, com direito a solarium e piscininha... eu iria me considerar um rei.
Quanta falta de humildade!
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As mastodônticas paradas do famigerado BRT começam a ser montadas, e o conjunto arquitetônico da Almirante Barroso vai se transformando num cocozão. Um dia fatalmente os ambulantes tomarão conta destas e a fábrica de mutilados e mortos será uma das maiores do Brasil.
Escrevi um e-mail à JICA - Japan International Cooperation Agency, e protestei contra a ajuda financeira para o BRT. Disse: 'não dêem dinheiro para o Brasil'.