A Décima Cruzada

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As desinteligências sócio-econômicas-religiosas atuais entre os blocos ocidentais e médio orientais são a Décima Cruzada, que é tão equivocada quanto as nove antecedentes, iniciadas em 1096, atendendo ao fanatismo cristão  espargido pelo papa Urbano II um ano antes, e finadas em 1272, quando Eduardo I teve que retornar à Inglaterra para assumir o trono, pela morte de seu pai, Henrique III.

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As nove cruzadas havidas entre 1096 e 1272, destarte alguns momentos de estabelecimento, jamais consolidaram os cruzados, cuja história pode ser contada como um retumbante fracasso, pois jamais conseguiram dar fluxo seguro aos peregrinos cristãos à Terra Santa, tampouco lograram tomá-la para sempre da “raça perversa”.

Os líderes que patrocinam esta Décima Cruzada - a mais longa de todas elas, pois iniciou-se por volta de dois séculos depois que a Europa encerrou as suas escaramuças intestinas, mormente a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), travada entre as monarquias inglesa e francesa –, nunca leram os livros que narram a gênese e o desenrolar das pretéritas, cheias de traições, cobiças, fundamentalismos e impiedades, de ambos os lados, deixando um saldo de sangue e desgraça que é combustível para essa vendeta infinda entre os blocos.

Nessa insidiosa Cruzada moderna, como observa o leitor da Folha, a lógica marcial é  a mesma das outras: cada lado utiliza, sem rubor, as armas que possui e peleja da forma que lhe apetece.

Nós, ocidentais, usamos a tecnologia dos drones para matar seletivamente, ou ogivas teleguiadas para matar no atacado. Eles, os médio-orientais, usam aquilo que convencionamos chamar de terrorismo, que arrebata, de igual e cruel forma, a vida de quem só quer viver em paz.

A guerra é dos patrocinadores e eles a sorvem até a última bala; a dor é nossa, e nós choramos as perdas até a última lágrima.

Nessa estranha idiossincrasia, eu, independentemente da geografia e do credo, estou com aqueles que choram.

Comentários

  1. Um profeta sem honra
    1 Jesus saiu dali e foi para a sua cidade, acompanhado dos seus discípulos.
    2 Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados.
    "De onde lhe vêm estas coisas?", perguntavam eles. "Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes milagres que ele faz?
    3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs?" E ficavam escandalizados por causa dele.
    4 Jesus lhes disse: "Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra".
    5 E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los.
    6 E ficou admirado com a incredulidade deles.
    Então Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando.

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  2. Esse texto expressa todo o meu pensamento..e somos apenas marionetes nas mãos hábeis e cruéis dos patrocinadores...Te enviei um e-mail hoje agora a pouco...Um grande abraço. Virgílio

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