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Fila para 368 empregos na Índia reúne 2,3 milhões de pessoas

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A Índia, que no ranking das 10 maiores economias do mundo já tomou o 7º lugar do Brasil, mantém-se como uma das mais concentradas economias do planeta.

A foto acima tomada em frente a um prédio público do estado de Uttar Pradesh, flagra 2,3 milhões de indianos que foram se inscrever para concorrer a 368 vagas de emprego público de baixo salário.

As autoridades de Uttar Pradesh estão entre a cruz e caldeirinha: temem um tumulto grave se suspenderem as entrevistas, mas levarão quatro anos para concluírem-nas mesmo que atendam 2 mil candidatos por dia.

A taxa nacional de desemprego na Índia é baixa: 5%. Mas as desigualdades regionais são tamanhas que geram o dantesco quadro em estados que ainda vivem padrões econômicos similares aos da África subsaariana.

Comentários

  1. a india deve ter mais ou menos 8 vezes mais habitantes que o Brasil numa área menor do que a metade do brasil. Estes numeros a tornam mais dificil de ser administrada.
    tradicionalmente a sociedade está dividida em castas, daí a grande disparidade, lá ela não é consequencia de atos do governo.
    essa fila não é consequencia de eles terem algum ministro maluco ou sadico que pensa que arroxando a politica economica e obedecendo a agencia de rating incompetentes o pais vai encontrar o caminho da felicidade. Essa fila é uma herança do sistema de castas, parece que informalmente ele ainda existe.

    o modi que dirige a india merece aplausos pelo esforço feito para usar a energia solar.

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    1. As castas nunca foram política de governo e sim aspecto cultural, mas mesmo essa cultura está em extinção, por ser fortemente combatida pelo governo.
      Você está equivocado: em 2007, a Índia praticou um forte ajuste fiscal e enxugou as contas públicas em cerca de 41% do PIB, o que no Brasil alcança hoje 61%. Os efeitos do ajuste indiano começaram a ser sentidos a partir de 2010, quando o país começou a reagir a ponto de hoje ser a sétima economia do planeta, fechando suas contas com superávit e PIB em expansão.
      As filas vistas são produto de desigualdades regionais graves que precisam ser corrigidas.
      País nenhum se submete à políticas de agências de risco porque elas não tem políticas e sim fazem avaliações de crédito de um momento, assim como o banco faz a sua avaliação de crédito se você vai tomar empréstimo. Se você vai se submeter às exigências do banco para lhe dar crédito é uma decisão sua. A Índia tanto se preocupa com as avaliações de risco que saiu de uma perspectiva negativa antes do seu ajuste, para uma positiva hoje.
      Não há saída mágica para nada. Ou se tem responsabilidade fiscal ou se é irresponsável e sofrem-se as consequências.
      O que passamos agora não é porque há um ajuste, pois ele foi sabotado e nunca existiu. Sofremos porque praticamos uma política fiscal irresponsável.

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  2. pode ser que eu esteja equivocado quanto ao ajuste fiscal na india. Como ela é um pais não alinhado, pensei que ela não teria entrado nessa onda. E quem sabe se ela não é eficiente em disfarçar como fazem os paises desenvolvidos do norte?

    O que tenho certeza é que muitos paises que são elogiados pela exame entram em crises terriveis algum tempo depois, como foi o caso da tunisia.

    Mas falando de india, lembro a questão do minerio de ferro. Tenho lido que na india os estados tem um olho muito grande em cima dos impostos sobre o minerio de ferro. Li que há um imposto de 40% que estariam reduzindo para 10%, e é sobre ferro de baixa pureza.
    Aqui no Brasil, essas empresas como a vale que tem acesso a minerio de qualidade não poderiam pagar mais impostos sobre o minerio, tanto para o governo federal como para os estados? Na ultima vez que li sobre o assunto, falavam que os imposto era em torno de 2%. Parece que até a australia cobra mais.

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    1. Desde 2011, o movimento dos países não alinhados deixou de existir. Até Cuba o abandonou, em 2009. A Índia só fez parte do movimento por 4 anos, de 1982 a 1986.
      Você entende de forma equivocada as avaliações de crédito das agências. Elas prestam serviços privados e emitem avaliações para os seus clientes, que com base nas notas decidem se colocam, ou não, seu dinheiro no local avaliado, seja esse local a China, o Brasil, o Zâmbia, a Petrobrás, a British Petroleum, o Bradesco ou o a Big Ben. Se essa turma ler que a nota de crédito de uma casa de madeira pegando fogo é AAA eles compram, pois acham que vão lucrar com a venda do terreno. Isso tem nome: capitalismo.
      As avaliações são eventuais e conjunturais. Se muda o evento e a conjuntura, claro que elas mudam. E, lembre-se da casa pegando fogo: o fato de ele estar incinerando não quer dizer que não seja bom negócio comprá-la. Por isso, algumas vezes, as notas de crédito de alguns países em chamas são boas: pode ser que a venda do carvão dê lucro.
      Quanto aos impostos sobre minérios, por serem comodities, os preços são controlados globalmente e as alíquotas não podem ser estipuladas por mera visão arrecadatória, mas como composição de custos para a exportação. Os países que carregam nos impostos de comodities o fazem porque têm baixa dependência delas para a balança de pagamentos, ou por que a política doméstica consome o produto mais do que exporta.
      A alíquota das comodities tem que flutuar conforme o humor do comprador e do mercado referente e não pode pressionar a margem de dividendos dos acionistas ou eles se desfazem das suas posições em busca de outros negócios mais rentáveis e a empresa que explora a comodity perde valor e competitividade, pois elas, por terem tempo de validade (os minérios são finitos), têm que entregar mais, na proporcionalidade inversa do seu tempo de existência. Por isso os lucros da Vale são altos: ela vai desaparecer como mineradora em no máximo 100 anos.
      O Brasil cobra mais que 2% sobre o ferro: aproximam-se de 18% todos os tributos incidentes. A Índia, cujos ferro é de baixa qualidade, taxava em 30%, mas isso inviabilizou suas minas e ela baixou para 10% e agora já fala em zerar a alíquota para exportação, devido a China ter quebrado em 50% o que cobra das suas mineradoras. A Austrália segue o mesmo caminho.
      Commodity é assim mesmo: a alíquota de um país obriga o outro a rever a sua própria tarifa. Soberania em economia aberta é papo de nacionalista tomando Royal Label.

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