A afirmação consta no laudo pericial da gravação na qual a Senhora Izabela Jatene pede ao subsecretário de Receitas da Sefa a listagem dos 300 maiores contribuintes do Pará, para “buscar um dinheirinho”.
Em sua defesa, Izabela Jatene alega que da gravação foi suprimido o trecho “pra financiar o Propaz”, portanto afirma que houve manipulação fraudulenta da mídia, o que é desmentido pelo perito Molina.
Supressões e inclusões de trechos em gravações são os primeiros eventos analisados por peritos, e caso sejam encontrados a análise não prossegue, encerrando-se o laudo com a afirmação de que a mídia está fraudulentamente manipulada, não podendo ser considerada autêntica para os fins periciais.
> Caso de polícia
O fato é que um caso de polícia acabou se transformando em um caso de política, com as respectivas torcidas, no antagonismo eleitoral, fazendo, no gargarejo dos palanques, o coro da esculhambação mútua.
Na ausência de uma polícia independente e de um Ministério Público eficaz, que persiga a punição de quem fraudou o erário, ou a gravação, desembocamos no vitaminado perfil bipolar da moralidade nacional, o que acaba sendo a conivência com o cinismo que opina serem verdadeiras as notícias dos maus feitos dos nossos adversários e falsas aquelas destiladas contra os nossos correligionários.
> Pirandello
Isso nos faz à parelha daquele sexteto elaborado pelo dramaturgo siciliano Luigi Pirandello, na sua antológica peça “Seis personagens à procura de um autor”, quando seis personagens, enjeitados pelo seus respectivos autores, invadem o ensaio de uma peça e tentam convencer o diretor da companhia a lhes encenar as vidas só pensadas, mas jamais escritas: ainda aguardamos alguém que escreva a história do Pará.
> Carlyle
Resta-nos, então, a máxima do escritor escocês Thomas Carlyle, que disse que “a miséria de qualquer espécie não é a causa, mas o efeito da imoralidade”.
A nossa imoralidade, portanto, tem como efeito as nossas misérias e já que elas, tanto ao cabo quanto ao rabo, assim nos apetecem, vivamos elas.
Muito bem escrito, mas isso também vale para você, que apesar de uma inteligência muito acima da média, acaba nessas horas se reduzindo a reles mortais como nós, num mero torcedor. Eu já lhe disse que não acredito em políticos: todos mentem. O que acaba me colocando sempre em um paradoxo: se o Diário diz que a filha do Jatene extorquiu eu não acredito. Se a filha do Jatene, pelo Liberal, diz que não extorquiu, eu também não acredito. E agora? O que me resta? Como você mesmo conclui, resta-me torcer por um ou outro lado e resumir a minha moral ao cinismo. O bacana disto é que você sempre acerta na filosofia.
ResponderExcluirAquele seu professor de Direito Constitucional.
Olá professor. Por mera coincidência - e não por paradoxo - sai hoje, depois de um dia e meio no estaleiro, para aquele café na Deli, e encontrei, depois de quase 20 anos, o nosso amigo barbadiano. E o pior é que me disseram, em uma dessas vezes que ficamos a perguntar por outrem, que ele havia morrido.
ExcluirEu não sabia se imaginava que tinha morrido da virose e o via no inferno, para onde acho que vou - afinal os meus melhores amigos devem ir, ou estão, lá - ou se o danado tinha voltado dos quintos para me assombrar na convalescença.
Saudações peemedebistas...
Se Vossa Excelência não quiser ir pro inferno, ainda está em tempo, busque a Jesus e aos seus mandamentos. Pense no que Ele ensinou-nos: "do que adianta ganhar o mundo e perder sua alma".
ExcluirPois é, essa é uma das minhas dúvidas atrozes. O meu amigo André Nunes, o Barão do Uriboca e um dos últimos moicanos do partidão no Pará, convenceu-me que os nossos mais queridos amigos, pelas lavras das escrituras, estão todos no inferno, e por isso, em solidariedade a eles (amigos jamais devem ser deixados no chapadão) devemos ir pra lá também, atormentar o demo até que ele nos mande para o Paraíso.
ExcluirMas aí vem a dúvida atroz: o Paraíso, com aquele enorme gramado e aqueles anjos celestiais tocando aquelas tediosas arpas, deve ser insuportável no terceiro dia...
O pior de tudo é que eu, embora possa ter perdido a alma, não ganhei o mundo.
Deputado, não queira que os fundadores o encontre onde quer eles estejam, porque se os mesmo estiverem no inferno não aceitaram a presensa de pessoas como o senhor lá, pois aqui é o seu lugar seguindo o que é de pior na politica paraense e brasileira já vista!!!!
ExcluirVocê já viu muito pouco da política paraense e brasileira. Ou melhor, você não viu nada. Deve ser a desídia e a falta de perspectiva elementar, que não lhe permite sequer concatenar contextualmente um comentário: ambas causam miopia de alto grau. Procure um desses candidatos que dão óculos e peça um.
ExcluirPara corroborar com suas assertivas, tem mais um detalhe: atualmente Vossa Excelência esta do lado dos: "serem verdadeiras as notícias dos maus feitos dos nossos adversários..." E pensar que há pouco mais de um ano, Sua excelência era da base de apoio do governo atual. Quem, o quê mudou?
ResponderExcluirSem esquecer também, que: ( opina-se ) "falsas aquelas destiladas contra os nossos correligionários". Seu corregionário atual, também já foi desancado por Sua Excelência. O que lhe desagrada com toda vez que esse fato é lembrado. Ou seja, dependendo do momento, Vossa Excelência assume uma posição. Há interesse nisso?
Não há relacionamentos sem interesses: todos eles são movidos pelas conveniências eventuais das partes envolvidas. Na política não é diferente, pois ela é o mais perfeito e acabado repositório de todas as qualidades e defeitos do ser humano e exacerba os dois, as qualidades e os defeitos.
ExcluirFaça como o professor aí: acredite sempre nos dois lados e conviva com o seu paradoxo, o que, para Carlyle, são as nossas misérias.
Sábias palavras do seu professor. Mas como Vossa Excelência se imiscuiu na política, e é apenas mais do mesmo, poderia ao menos parar de falsas autocríticas. Já que seu interesse é apenas está no poder e nele se refestelar...
ResponderExcluirO "estar no poder e nele se 'refestelar'" é por sua conta e risco sob qual o meu interesse de estar no poder. Reservo-me o direito de discordar do número e do grau, já que o gênero é o interesse.
ExcluirMas está absolutamente errada a sua sugestão de que as críticas são falsas: elas são absolutamente verdadeiras, mesmo que caibam em mim, pois você jamais leu aqui, e nunca ouvirá de mim, que eu sou a flor de lótus no pântano, e mesmo que eu a fosse, não seria vantagem, pois ela só é bela de longe: se alguém chega perto e respira-lhe o olfato, sentirá naquela beleza o mesmo cheiro de onde ela está.
Alegre-se pois, com o que aqui lê, pois eu não sou um político do bem e nem do mau; não sou um político bom, e nem um mal político: sou apenas um político sincero, e na falta do que mais o valha, preste atenção no sincero.
Deputado já falei sobre isso em outro post. Na verdade, até mesmo na versão apresentada pelo Diário do Pará, aparece a voz da filha do Jatene por baixo falando algo como "pra financiar o Propaz". O problema é que essa parte não foi transcrita pelo dito jornal. Sendo assim, o jornal acaba omitindo uma parte da ligação que explica, mas é lógico que não justifica. Veja bem, pode até ser errado buscar dinheirinho para o Propaz, mas também é errado omitir isso da gravação. A manipulação acontece nesse trecho, não no áudio, mas na transcrição.
ResponderExcluirE eu já lhe respondi que o jornal não omitiu nada. O diálogo publicado foi o transcrito pelo perito e que consta no laudo. E lhe repito o que retruquei em outro comentário: "você, e os demais que conseguiram ouvir na gravação a frase 'pra financiar o propaz' apresentem-se aos juramentos das ciências de periciais criminais de áudios, pois conseguiram captar o que nem o perito Molina, com os mais sofisticados espectrômetros de áudio do mundo, conseguiu.".
ExcluirRepito-lhe: a transcrição é a que está no laudo, que será apresentado à Justiça, caso a senhora Izabela Jatene resolva, mesmo, processar o Diário.
Deputado, independente da filosofia de D. Constitucional, quero saber se o auditor será afastado já que violou sigilo fiscal, além de participar de tráfico de influência, fora a concussão e a corrupção passiva, com a filha do Pro pai? Espero que no final não termine em pizza como os escândalos dos tecn$$$$$$$cos desse desgoverno de 2011 a 2014.
ResponderExcluirhttp://www.oestadonet.com.br/index.php/politica/item/5655-a-novela-do-dinheirinho-pro-pro-paz
ResponderExcluirPelo que eu vi, li e ouvi, não foi dito que a gravação não era legítima e nem que tinha sido adulterada. O que houve foi a omissão de parte do diálogo: PRA FIANCIAR O PROPAZ. aliás, qualquer um que ouvir atentamente vai perceber que tem mais algumas palavras dita por IZABELA na gravação e não traduzida nas nas matérias e no horário eleitoral.
ResponderExcluirMas , esperar o que mesmo dessas Barbalhos ....
Errado. o diálogo foi transcrito pelo perito e o que o Diário publicou foi o diálogo transcrito no laudo, sem omitir nada dele: o laudo tem fé público, pois Molina é um perito criminal juramentado.
ExcluirVocê, e os demais que conseguiram ouvir na gravação a frase "pra financiar o propaz" apresentem-se aos juramentos das ciências de periciais criminais de áudios, pois conseguiram captar o que nem o perito Molina, com os mais sofisticados espectrômetros de áudio do mundo, conseguiu.
Como a senhora Izabela vai processar o Diário do Pará, resta-nos esperar que ela prove que disse o que o perito não conseguiu ouvir e por isso não transcreveu.
Molina é o mesmo que já foi contratado pelos Nardoni? Ah, sim. É esse mesmo. Rsrsrsrsr
ExcluirCorra e conte isso para O Liberal, pois o jornal já disse que Molina é o melhor perito do Brasil e não duvida nada do laudo, apenas afirma que o Diário omitiu um trecho do diálogo.
ExcluirCom essa sua nova tese de defesa quem sabe o Liberal consiga contestar o laudo.
Deputado, é possível ouvir ao final algo do tipo: "pra financiar o papai" ou "pra financia o propai". Coisas desse tipo. Porém o audio realmente é horrível no final.
ExcluirSentiram a onda amarela? É só ver o número de coments nesse post ...
ResponderExcluirEi, Deputado, me mande a lista de todos os seus leitores. Pois preciso buscar um dinheirinho com eles. Mande a lista para o meu e-mail: foradalei@jamé.com
ResponderExcluirO espirito de Almir pede que o povo não vote em Jatene.
Se é possível buscar um dinheirinho com eles, a lista fica comigo.
ExcluirOs comentários sempre são do DAS que não tem o que fazer o dia inteiro.
ResponderExcluirDeputado, e o Dr. Ricardo ficou bom da gripe ou ainda está rouco? Ou agora mudo. Rs
ResponderExcluirSe a gripe dele foi igual a virose que eu peguei, já estou com pena dele.
ExcluirEstou contando os dias pra acabar estas eleições e voltemos a programação normal. Na verdade eu queria é que o dinheirinho que essa galera conseguiu arrecadar - parece que mais de um bilhão - fosse gasta em algo que prestasse.
ResponderExcluirVAAAAAMOS imaginar, apenas como um exercício de raciocínio, que ela realmente tenha dito "pra financiar o propaz".
ResponderExcluirIsso não muda NADA! Ainda configura ilícito!
Li no site da ORM que o Molina foi consultado por eles e afirmou que, sequer, teve acesso ao audio! Que não fez perícia nenhuma! E agora?
ResponderExcluirE agora? Faça o seguinte: pegue a matéria de O Liberal e represente contra o Diário do Pará no Ministério Público sob a alegação de que o laudo de perícia apresentado pelo jornal é falso, pois o Molina, e nenhum perito n mundo, pode fazer uma perícia e assinar um laudo sem ter o objeto em mãos. Não é possível fazer omeletes sem ovos.
ExcluirMeu amigo, estou do lado do Diário, sou filiado ao PMDB a anos... enfim!
ExcluirSó falei o que eu li! Acompanho as canalhices do Liberal a anos. Meu comentário foi apenas um alerta!
Corrigindo a postagem original, o que ele diz (o que o Liberal diz que ele diz) é que ele apenas atestou que as vozes pertenciam a Izabela e ao secretário da Sefa.
Parsifal....vc é o pior deles...pois acabou com tucurui e saiu pelas culatras se escondendo na Alepa para não ter suas contas abertas e apodrecer na cadeia, que é o que voce merece
ResponderExcluirMinhas contas foram todas abertas e aprovadas pelo TCU, TCE e TCM. Eu não me escondo na Alepa: eu me elegi deputado.
ExcluirGuarde seus recalques para você mesmo, engula-os e entale-se com eles. Se eu estiver por perto ajudo-lhe para não morrer sem fôlego: dou-lhe um soco nas costas.
A outra opção sua é ir para esquina e afogar o recalque na mesa de um bar e depois dormir na sarjeta.
Você está suando por que?
É, o Collor de Mello está fazendo escola, não só nas palavras mas tbm no mal caratismo! Quanto ao suadouro fique tranquilo, porque não sofro desse mal porque não devo nada e não vejo fantasmas me apontando o dedo e me dizendo: tu és um corrupto de carteirinha!!!
ExcluirE por que você continua suando?
ExcluirComo diz um certo blogueiro, prna que eu não fui convidado para ficar com esse dinheirinho.
ResponderExcluirA luta pelo poder é hilária.
ResponderExcluirPode-se até plagiar Salomão: "Vaidade de vaidade, tudo é vaidade". Ou a nossa MPB : "Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada... E tudo passa, talvez você passe por aqui". Tudo está certo sob o ponto de vista de cada um. E, em cada qual. Mas lutemos por uma história decente em que só a EDUCAÇÃO ajuda. E os dois jornais de Belém em nada contribuem para o eleitor e muito menos para o eleitor. Uma pena o desserviço de Diário e o Liberal.
ResponderExcluirE a rede de posto de gasolina do filho do Jatene não vai sair no Diário? Estou aguardando a matéria. Vai ser outra bomba de mil megatons.