Acidente de avião mata Eduardo Campos
Sempre digo que campanhas são guerras e embarcam todas as características dos campos de batalhas: não são pastos para os covardes. O destemor, todavia, pode ser o prelúdio do epitáfio, pois embora a prudência seja o freio da temeridade, o ímpeto é a mais perfeita tradução da incúria.
Nesses quase 30 anos de vida pública (sempre destemido) já passei por maus momentos dentro de aeronaves. Por três vezes já decifrei, ao largo, a ceifadora preparando o bote. Após as singularidades prometi aceitar a prudência, mas o calor da liça fala mais alto e não mais que três dias após o aperto o recuo cede lugar àquilo que todo político parece adorar: viver a vida perigosamente.
O candidato a presidente da República pelo PSB, Eduardo Campos, em uma dessas singularidades que nos acolhe, encontrou na manhã de hoje (13) a indesejada das gentes: foi abatido em pleno voo em uma campanha que mal iniciava o seu processo de ebulição. A queda do jato que o conduzia a Santos, onde cumpriria agenda, o tirou da corrida presidencial na plena juventude dos seus 49 anos, deixando órfãos cinco filhos e uma esposa em vestes negras.
A sordícia da morte o fez embarcar ao encontro do seu fatal destino no mesmo dia (13 de agosto) do falecimento do seu avô e padrinho político, Miguel Arraes.
O mau tempo aconselhava ficar, mas a temeridade venceu a prudência e, no momento do pouso, com forte chuva e ventos, talvez o comandante tenha tomado a decisão de arremeter o jato segundos após aquele fatídico ponto de onde não mais se pode retroceder. Mas a fatalidade não mais é que uma série de ocorrências cujos nexos de causalidades, uma vez dada a ignição inicial, não podem ser represados.
A vida é tangida por momentos de decisão. A inteligência nos dá a oportunidade de, nesses momentos, direcionar os nossos rumos. A partir da manobra, inicia-se um trecho da estrada do qual não há retorno, atalhos ou bifurcações, até o próximo momento de decisão. É nesse período da rodovia que os homens constroem os caminhos da humanidade ou encontram o final da viagem.
Que a terra seja leve para Eduardo Henrique Accioly Campos, que sonhou presidir a nossa República e labutava para isso. Minhas condolências àqueles que labutavam com ele.
A morte é uma imperatividade da vida, mas em algumas ocasiões ela é um desperdício…
Lamentável. Já tinha decido votar nele nessas eleições. Uma perda irreparável para o Brasil. Que Deus conforte as famílias envolvidas.
ResponderExcluirAndré Leal - Tucuruí
A Comoção do Povo Pernambucano pela perda do seu Maior e Mais Querido Líder Político certamente emocionará a Nação. As Autênticas Lideranças Políticas, sejam elas Locais, Regionais ou Nacionais, são alvo de entusiasmadas sensibilidades, majoritariamente positivas, porque essas Lideranças vivenciam, sentem e se doam, em regime de Sacerdócio, às Causas dos que, verdadeiramente, necessitam da presença do Poder Público.Tais Lideranças são perpetuadas na História e no Coração do Povo, a quem se dedicam com devoção, desprendimento e imensos sacrifícios pessoais e familiares. Sacerdócio de bem servir às causas públicas. Não se trata de romantismo nem ingenuidade. Ainda temos valorosos homens públicos! Hoje o Estado de Pernambuco e o País chora a trágica morte de um de seus Grandes Líderes Políticos. Que a infinita sabedoria do homem possa assimilar e registrar nos compêndios da História do Brasil as honrosas lições positivas da trajetória do Líder Político EDUARDO CAMPOS. Deputado Parsifal Pontes, a homenagem de Vossa Excelência ao Líder EDUARDO CAMPOS reflete o sentimento de todos os paraenses.
ResponderExcluirParabéns pela elegância, Parsifal. Em momentos assim, pessoas com senso de humanidade colocam de lado eventuais divergências nesse mundo às vezes impessoal da política, e mesmo da vida cotidiana, para demonstrar em que berço foram criadas. Parabéns.
ResponderExcluirO Pernambuco e o Brasil perderam um grande político. Por coincidência, o Pará perdeu também, Abdon.
ResponderExcluirlamentavel o acontecimento,mais plo jeito a ceifadora virou a foice pra os politicos e ai deputado
ResponderExcluirNA SEQUENCIA
ResponderExcluirParsifal
Vós virastes vidente? Primeiro fazes uma postagem sobre tarifas de aviões depois do pouso, depois uma sobre a inocência de Eduardo Campos e na sequencia posta o Eduardo Campos morrendo como um anjo porque um avião não conseguiu estacionar!
Égua mano, se for mera coincidência joga na loteria comprando o cartão Nº 31013 que a probabilidade de acertares será grande!
(((MCB)))