De volta à 2012

Diante da resistência inflacionária, e do esgotamento das heterodoxias às quais tem apelado o governo para refreá-la, desde a última reunião, o Copom deve fechar 2013 segurando o bafo do dragão à modo antiga: subindo os juros, o que encarece o dinheiro, serena o consumo, e represa a inflação.

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O enunciado foi o mantra do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no 5º Fórum sobre Inclusão Financeira, em Fortaleza.

Tombini tentou fugir do assunto reportando-se às novas modalidades de pagamentos de dívidas e transferência de dinheiro usando o sistema NFC dos celulares que já embarcam a tecnologia, mas os juros não saiam da pauta.

Espera-se, do Copom, segundo premonições dos articulistas econômicos, para a reunião do final de novembro, uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic.

Com isso, os juros, que passaram a cair desde 2011 (12,5% a.a), até o piso de 7,5% no início de 2013, o que nos tirou a pecha de maior juro real do mundo, voltaram a subir a partir de abril e devem fechar o ano acima de 9%, o que nos devolve o troféu de maior juro do mundo.

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A primeira vítima de juros reais tão altos é o próprio Governo Federal, que os paga das suas tomadas: a 9% a.a, pagaremos pelo serviço da dívida interna cerca de R$ 19 bilhões em 2013, ou seja, o Governo Federal é vítima da sua própria ciranda, causada pela resistência em fazer uma reforma fiscal, tributária, política e estrutural que cesse o falido modo de fazer política, causando a ineficácia da gestão

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