Quem não conclui escolas tem que concluir presídios

Quem chega a Breves, no Marajó, pelo aeroporto, a meio caminho da cidade, do lado esquerdo, avista um presídio recém inaugurado pelo governo do Estado, a um custo de R$ 4 milhões.

Segundos à frente, do lado direito, avista-se um enorme obra inacabada, que viria a ser uma Escola Tecnológica Estadual, que, iniciada em 2010, com custo orçado de R$ 6 milhões, foi abandonada pela administração de Simão Jatene.

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O vereador de Breves, Alexandre Barros, declara que as obras da escola estão paradas há mais de um ano, porque os trabalhadores foram transferidos para concluir as obras do presídio.

Governar é eleger prioridades. Soa bizarro priorizar a construção de um presídio em detrimento da conclusão de uma escola tecnológica.

O correto seria concluir os dois ao mesmo tempo. Na inauguração, o governador teria um ótimo trocadilho, para oferecer à audiência.

Já que a escola está em frente ao presídio, ao descerrar a fita dessa, Jatene poderia advertir: “quem não aproveitar o que iremos oferecer aqui, poderá ter a desdita de passar uns dias ali”.

Mas, pelo menos por enquanto, alguns marajoaras em idade escolar, só estão tendo a potencial desdita da segunda opção.

Comentários

  1. Parsifal;

    Não tem problema. Essa geração continua sem formação profissional, mas seus filhos ou netos um dia vão estudar nessa escola; além do que, obras reiniciadas são favorecidas por aditamentos contratuais generosos, coisa tipo o hospital do câncer infantil, que começou no primeiro governo Jatene, foi abandonado, foi gasto dinheiro público para pagar a segunda vez...

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  3. A prioridade não está no objetivo da obra, mas sim no valor pecuniário da obra e seus penduricalhos chamados tecnicamente de aditivos. Também na parceria da empreiteira.

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  4. É verdade Deputado uma vergonha!!!Mas me lembro também que no útimo governo de Jader Barbalho a coisa não era diferente. É uma pena que o Pará nunca tivesse sorte de ter governos tão copetentes.

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    1. Era muito diferente. Quando Jader Barbalho deixou o governo, há mais de 20 anos, o Pará estava em nono lugar no IDH-M. Hoje, mais de 20 anos depois, o Pará caiu para a vigésima quarta posição. Isto é uma vergonha, pois na mão dos tucanos, os únicos que governaram o Pará por 12 anos seguidos, o Pará regrediu.

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    2. 15:47;

      Antes de Almir Gabriel (PSDB) tomar posse no governo do Pará, ou seja: nos governos Jader Barbalho, Hélio Gueiros e Alacid Nunes; qualquer estudante do nível médio da escola pública, facilmente tornava-se profissional técnico de nível médio, foi Almir quem acabou e não investiu na formação profissional dos jovens. Se muitos hoje estão empregados ganhando um pouquinho mais, deviam saber que para terem o mesmo status hoje, teriam de desenvolver grandes esforços e passar for processos seletivos, os quais certamente excluiriam os menos favorecidos. Éeee...

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  5. Patricia Bittencourt Neves02/09/2013, 17:33

    Parsifal, você tem o dom da espirituosidade...acho difícil algo desta natureza por parte do governador.

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    1. A espirituosidade nos torna a vida menos pesada, e as vezes até mais leve.

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  6. Tá certoo Jatene priorizou a construção da universidade (do crime) em vez de escola tecnológica.

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  7. O que lembro dos governos do PMDB, 12 anos; Jader Barbalho/Hélio Gueiros/Jader Barbalhode, todos do PMDB, foi a contribuição sim da miséria do povo paraense e o crescimento sim do patrimônio de seu chefe-mor Jader Barbalho. Agora é uma pena, peninha mesmo, que o Sr. Deputado Parsifal Pontes lá da bela cidade de Tucuruí, esqueceu as suas críticas em relação a Jader no passado.

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    1. O IPEA, o IDH-M, o IBEU, o IBGE e o PNUD discordam de você. Se você souber ler e tiver disposição para averiguar os índices e as tabelas analíticas dessas medições, ficará assustado ao constatar em como o Pará regrediu nos últimos 20 anos.
      Quanto à segunda parte da sua pesporrência, eu esquecer ou manter críticas, não elide o fato aventado no primeiro parágrafo.
      Você quer discutir índices e dados sobre o Pará, ou prefere sorver aguardente?

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  8. Deputado não preciso ser arrogante pra falar o que penso e muitos parenses também, são fatos históricos, que tanto o PMDB como o PSDB pra mim é a mesma coisa em matéria de vilipendiar o povo paraense. Falar em índices, então, Deputado devemos remontar a história política do Pará.Ai Sim, quem sabe aceito seu convite pra gente sorver uma boa cachaça na bela praia do Meio

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    1. O vilipêndio tem sido uma característica política de todos os partidos e grupos que alcançam poder no Brasil, em todas as esferas da administração pública. Mas você não tratou disso e sim fez afirmações comparativas.
      Não é arrogância falar de índices. Eles são a única maneira de dar substância a afirmações estatísticas comparativas. Os dados históricos estão nos índices e é através deles que se aferem programas e administrações.
      Agora se desconhecemos os índices e fazemos afirmações falaciosas, apenas na base da percepção bêbada, aí vira conversa de praia do meio mesmo, onde cada um diz o que quer entre um gole e outro e quanto mais goles mais a realidade se afasta.
      Infelizmente eu não tenho como travar esse tipo de conversa, pois não bebo.

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  9. Ahahaha. Então não me faça o convite Deputado. Agora sugiro ao Sr. que tome a iniciativa de realizar um Seminário sobre seu conhecimento desses indices ( O IPEA, o IDH-M, o IBEU, o IBGE e o PNUD) alarmantes no Estado do Pará. Faça lá no Auditorio da Alepa, será muito interessante e um aprendizado entre quem apresenta e quem assiste. Eu estarei lá.

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    1. A maioria dos meus amigos tomam todas, portanto, quando eles saem completamente do chão eu mergulho na água para me refrescar.
      Todos os índices do último decênio (2000-2010) já saíram no primeiro semestre de 2013 e em todos o Pará caiu desde 1998.
      E sobre todos já discutimos na Alepa. Mas é fácil você verifica-los: eles estão publicados na rede.
      É impressionante, de fato, a falta de interesse dos políticos em debater sobre planejamento, baseado em dados estatísticos: o único município que me convidou para debater o IDH-M foio Breves, no Marajó, que amarga os piores índices do Brasil.
      Na sessão da Alepa que debateu esses dados, não apareceu nenhum prefeito, o governo mandou um DAS e apenas umas 30 pessoas estavam na audiência.

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