Síria: Obama decide atacar, mas quer autorização do Congresso
Antes de tomar a decisão de atacar a Síria que, por suposto, usou armas químicas contra os rebeldes matando até 1.300 mil pessoas, o presidente Barak Obama fez várias consultas.
> Inglaterra
A Inglaterra, incondicional aliada dos EUA nos jogos de guerra, não obteve a autorização do Parlamento para despejar bombas sobre Damasco. O 1° ministro David Cameron, todavia, empenhou apoio moral a Obama.
> Alemanha
A premier alemã, Angela Merkel, apoiou o ataque. Disse que “há evidências críveis do uso de armas não convencionais na Síria, algo que deve ser punido e não pode ficar sem consequências”.
> França
O presidente da França, François Hollande, foi o primeiro a falar com Obama, dizendo-se favorável a uma ação militar.
> Austrália
O 1° ministro australiano, Kevin Rudd, foi na mesma linha de Hollande: “Eu não acredito que o mundo pode simplesmente fechar os olhos para o uso de armas químicas contra a população civil”.
> Israel
Israel, que em um eventual ataque à Síria, será brindado com mísseis mirando o seu território, preferiria que deixassem al-Assad torrando os sírios com gás Sarin, por isso Shimon Peres apelou à ONU que cobrasse uma posição da Liga Árabe.
> Liga Árabe
A Liga Árabe vive às turras com al-Assad, e não hesitará em ceder territórios para que as águias estadunidenses façam ninhos de onde voem até Damasco. No início do conflito interno sírio, a Liga ofereceu asilo a al-Assad, para que ele vivesse o resto dos seus dias gozando dos bilhões de dólares que a sua família acumulou em 42 anos de ditadura.
> Turquia
O chanceler Ahmet Davutoglu, da Turquia, afirmou que o país participaria de uma coalizão internacional contra Assad e disse que um “crime contra a humanidade não deve ficar sem resposta”.
> Rússia
A Rússia discursa contra a intervenção na Síria. Eu não creio, todavia, que Obama cuspa fogo sem um pacto secreto com Putin, que precisa sustentar publicamente a sua opinião contrária, mas, desde que os EUA apenas limpem a área e voltem para casa, Moscou deixará o punhal na bainha.
> Irã
O Irã, por questões estratégicas, apoia Assad e advertiu que a intervenção militar levantaria poeira em todo o Oriente Médio. A retórica médio oriental, não obstante, nunca é levada a sério pelos EUA, mesmo porque mais não seja, os aiatolás nunca conseguiram mostrar poder de fogo.
> China
A China também se posiciona contra o ataque, mas a posição de Pequim é similar à de Moscou: limpem a área e vão embora que o Dragão fará apenas fumaça.
> O bode na sala
O fato é que al-Assad virou um incomodo bode na sala dos seus aliados estratégicos.
Obama é vítima da sua própria retórica: estabeleceu que a linha vermelha seria o uso de armas químicas. Ainda, ele que foi um duro crítico do unilateralismo de Bush durante o ataque ao Iraque, morde a língua, pois o iminente avanço sobre a Síria é unilateral, à medida que, salvo a França, os tradicionais aliados não apresentaram armas, e a Rússia, tal qual a China, vetará qualquer ataque no Conselho de Segurança da ONU.
Parsifal
ResponderExcluirVou tocar num assunto que não diz respeito ao post, porém estou curioso. Você pode me dizer quantos foram presos e qual foi a dosimetria de cada um no Caso Siemens que nunca mais foi publicado nada sobre o assunto na mídia nacional?
Tenha calma. Daqui a uns 10 anos haverá o julgamento, no Brasil, do caso Siemens. Depois do mensalão petista ainda entrará em pauta o mensalão mineiro, depois do mineiro, o do DEM, depois desse o caso Petrobrás (PMDB) e depois, quem sabe, o caso Siemens.
ExcluirParsifal
ResponderExcluirOutra coisa, li um dia desses que já tramita no STF uma ação sobre o mensalão mineiro anterior ao do PT e ainda não foi julgado? Isto é porque o IBAMA disse que o tucano é uma espécie em extinção?
Vc que fala tanto de tortura na época do Regime, e ela de fato aconteceu e muito, veja esse video do CQC, amigo!
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=q55E5rSUYnA
Veja esse absurdo! São 15 minutos! Vale a pena!
Assistiu???
ExcluirAinda não. Estou no interior e a conexão aqui dá mal para abrir a página. Assim que eu chegar em Belém verei.
Excluir