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Incógnitas e fenômenos

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Pronto, agora os gays não são mais “doentes”: são incógnitas e fenômenos. E o deputado Feliciano é uma grande piada de mau gosto.

Enquanto isso, em São Paulo, os manifestantes fazem carga contra o projeto da “Cura Gay”, que, como anda a carruagem, se aprovado na Câmara não será um incógnita, mas uma sandice fenomenal.

Eu sou um inveterado leitor de cartazes. Acho genial como se reduz a poucas letras todo um conceito, como no trocadilho da moça abaixo (ela deve ser conrinthiana), com a letra da marchinha “Coração Conrinthiano”, “Doutor eu não me engano, meu coração é corinthiano”.

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Comentários

  1. Por que demonizar o Feliciano? Por que não ir às ruas e pedir a prisão dos mensaleiros? Pedir a retirada de Genuíno da CCJ?
    Outra, esse projeto não trata de cura, 99% nem leram o projeto, uma pena que o povo que reinvidica a saída de Feliciano é massa de manobra, idiotas que estão a serviço do ativismo supremacista dos gays. Por que o Conselho Federal de Psicologia não se manifesta? Simples, a maioria ali é gay, e são movidos pela ideologia gay.
    O que vai ser amanhã? A obrigatoriedade de todos serem homossexuais?

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    1. O Feliciano não está sendo demonizado e nem há a obrigação de todos serem homossexuais: isso é um exagero desnecessário na sua argumentação, pois descabido em todos os sentidos.
      As pessoas que estão nas ruas estão sim, pedindo a prisão dos mensaleiros, a retirada do Genuíno da CCJ, a saída de Renan Calheiros da presidência do Senado, a reforma política, o fim da corrupção e toda a pauta que é possível desejar para o Brasil.
      Não creio ainda que o Conselho Federal de Psicologia tenha uma maioria gay: isso também é uma afirmação descabida sua e até mesmo preconceituosa, pois não está escrito em parte alguma que gays não possam compor qualquer conselho na República e até ser presidente dessa República. Conheço muitos gays que teriam mais capacidade, seriedade, preparo e honestidade para assumirem cargos públicos do que muitos que hoje os assumem.
      O deputado Feliciano está em evidência, conseguiu notoriedade e, na política, como em qualquer outra atividade humana, quando isso ocorre é claro que você vai ter opositores em pessoas que pensam diferente de você. Apenas isso, e nada mais que isso é o que ocorre. ]
      E isso tem um nome: democracia.

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    2. Para aquelas pessoas que, como você anônimo, acham o projeto da Cura Gay algo inofensivo, recomendo este artigo da Drª Débora Diniz, antropóloga, escreveu recentemente

      http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/180-artigos-de-genero/19523-cura-gay-por-debora-diniz


      Lívia Maléfica

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  2. Depois de anos nas mãos dos esquerdistas e a serviço do ativismo gay (dinheirama corria solta à estes), a Comissão presidida por Marco Feliciano, em fim, está no rumo certo. As ongs gays não se conformam de perder a mamata (sem trocadilho).

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  3. Nobre deputado, concordo com o comentário do anônimo sobre o pojeto dessa tão falada cura gay. Toda a celeuma foi criada por pessoas sem um mínimo de informaççao sobre o tal projeto, que nunca leram nada e ficam demonizando o Feliciano. Não, não concordo com quase nada do que ele (Feliciano) diz, mas, ser tratado da maneira que é tratado pela "imprensa" é covardia.
    A propósito, o senhor leu o tal projeto ?

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    1. Não é somente o Feliciano que é tratado pela imprensa de forma pejorativa, e nem ele é tratado assim porque é o Feliciano: qualquer político que se entregue à causa que ele abraça, e da forma como faz, terá esse tratamento porque a imprensa ocidental contemporânea rejeita atitudes fundamentalistas da mesma forma que a imprensa islâmica rejeita ideias que se desviem um milímetro do Corão.
      Já li o projeto e já o debati, em São Paulo, (o Pará não realizou um debate sequer sobre o assunto). Pronunciei-me aqui no blog dizendo que ele não significa exatamente o que o "apelido" sugere.
      O projeto, todavia, foi conduzido de forma sectária pela bancada evangélica (é um erro achar que a tribuna é um púlpito e que a Bíblia é uma Constituição) e passou a ser um desastre quando assumido pelo deputado Feliciano, que teima em presumir que pode se manifestar politicamente como se estivesse pregando: esse caldo já foi tentado em vários países e em vários momentos históricos e em nenhum deu algo aproveitável ao processo democrático e nós somos uma democracia e as democracias são multifacetadas em centenas de grupos e classes que devem ser respeitadas, o que não ocorreu quando o autor do projeto o propôs: ele ignorou completamente o Conselho Federal de Psicologia e não procurou, antes, estabelecer diálogo com o órgão para explicar as suas razões e pedir ajuda na elaboração do que ele desejava modificar.
      O fato de eu ser um deputado estadual me dá o direito de propor modificações no Estatuto da UEPA , por exemplo, mas imagine se eu terei a ousadia de não considerar que as pessoas indicadas para procurar, antes de qualquer coisa, não seja o corpo diretor e docente da universidade, para a eles propor as mudanças e com eles construi-las, ou até me convencer de que elas não são boas para a classe.
      O exercício democrático é isso: pluralidade de conceitos e respeito mútuo dos diversos atores que compõe a nação.
      O projeto faliu, e é ridicularizado, não pelo seu conteúdo, mas pela sua face, pela forma como ele foi proposto, e não pelo que ele propôs, mas pelo que ele deixou de considerar.
      Dizer-se democrata é muito fácil. Exercer a democracia requer grandes doses de paciência e humildade.

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  4. Muito bem dito, caro Deputado. Agradeço sua resposta. Ao visitar seu blog sempre me lembro de uma frase que diz que eu posso até não concordar com o que fala, mas defenderei sempre o seu direito de expressar seus pensamentos.
    O problema nosso hoje no Brasil é que algumas minorias falam o que querem, e tentam calar aqueles que são contrários aos seus pensamentos.

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    1. Como assim, anônimo?

      Defina melhor, por favor, o que seriam esses "outros" pensamentos. LGBT lutam por direitos e respeito, e não por uma hilariante "ditadura gay", ltam contra a violência homofóbica - e esse projeto da cura gay por si só já é uma violência homofóbica. Uma violência psíquica, mas que legitima a violência física. Você já se perguntou, anônimo, como se sentiria se sua filha fosse agredida apenas por ser lésbica?

      http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=94087

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    2. A violência atinge todos os segmentos da sociedade. E é perpetrada por pessoas de todos os segmentos também. Ignorância não é algo que possamos atribuir a essa ou aquela classe social. Conheço pessoas com preparo intelectual e social e que mesmo assim são extremamente ignorantes quando se trata desse ou daquele assunto. A solução para isto não é sair criminalizando tudo. A lei já existe, existe para todos, e deve ser aplicada. Os ativistas causam mais mal a sua "causa", seja ela qual for, ao tentar criar em torno de si (da causa) uma condição de pessoas diferenciadas. Ao isolar seu membro com uma redoma de proteção diferenciada daquela que é dada ao cidadão comum, a "causa" traz mais preconceito.
      Tenho uma filha que tem uma orientação sexual diferenciada. Tenho sobrinhas com orientação sexual diferenciada. Mulheres lindas, cultas, formadas, que têm suas companheiras e gozam de respeito, de amor, de carinho e proteção de toda a família e de todos que frequentam nosso grupo social. E elas conseguiram esse respeito muito mais por suas personalidades, suas atitudes e firmeza de opinião, do que com leis "especiais", "diferenciadas".
      E essa conversa de "cura gay" não existe. Basta ler com atenção o projeto, para saber que nele é afirmado com todos os efes e erres que o homossexualismo não é uma patologia. E por não ser uma patologia, não é passível de tratamento, e muito menos de "cura".
      E o Feliciano é sim, concordo, uma pessoa que carrega uma enorme carga de preconceitos. Mas, mesmo com seus preconceitos (religiosos, sociais, e afins), não merece o patrulhamento que recebeu. O que realmente aconteceu foi um grupo oportunista, Jean Wyllis à frente, que se aproveitou da oportunidade e inventou um monte de bobagens, apenas para aparecer na mídia.
      O resultado ? Ano que vem estão os dois de volta ao congresso, por motivos totalmente diferentes.

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  5. O Feliciano é contra (por religião) os gays, mas por que ele não pode ser contra?
    Ora por favor!

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    1. E quem sugeriu aqui que ele não pode se contra, ou a favor, do que ele quiser? Aliás, não é só ele que tem essa prerrogativa: todos nós temos, sejam lá quais forem os nosso motivos.

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  6. Por isso o Povo está nas ruas é muita falta do que fazer no Congresso pra pensar em projetos deste tipo. Ora cada um vive de acordo com a sua consciência.

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  7. Vou dividir com seus leitores um trecho do artigo da antropóloga Débora Diniz, dep. Parsifal:


    Cura gay foi o nome dado às iniciativas para patologizar a homossexualidade, isto é, para descrevê-la como doença. Falsamente se pressupõe que a heterossexualidade seria a única sexualidade saudável, para daí se classificar as outras formas de vivência como anormais. O destino dos desviantes seria a clínica gay. Uns poucos psicólogos solitários sustentam haver tratamento psíquico para a homossexualidade e reclamam ser cerceados em sua liberdade profissional. Ora, não há liberdade profissional para práticas discriminatórias ou charlatanices — o papel dos conselhos profissionais é exatamente este: discernir a boa da má prática profissional.



    http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/180-artigos-de-genero/19523-cura-gay-por-debora-diniz


    Lívia Maléfica

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