Pular para o conteúdo principal

Encontrados os restos mortais de Ricardo III, o derradeiro rei inglês da Casa Plantageneta

Shot017

Ricardo III (1452-1485) foi o último soberano inglês da Casa de York, ramo final da dinastia dos plantagenetas, que teve como expoentes os ícones medievos, Ricardo Coração de Leão e João Sem Terra.

> William Shakespeare

Shakespeare imortalizou Ricardo III com a belíssima peça de mesmo nome: um clássico do teatro mundial que desnudou um soberano carismático e irascível, que vendeu a alma ao demônio por um trono que não era seu.

Shot019

Ricardo III portava um acentuado desvio lombar que o tornava corcunda, o que lhe impingia pesadas dores, mitigadas com maldades e ganância de poder: terceiro na linha sucessória de Eduardo V, assassinou os dois sobrinhos para limpar-lhe o caminho à coroa.

> A Guerra das duas Rosas

No final da Guerra das Rosas, que a Casa de Lancaster (rosa vermelha) impôs à Casa de York (rosa branca), Ricardo III foi abatido na batalha de Leicester, em 1485, aos 32 anos.

Shot023

> A busca pelas relíquias

Desde então, o corpo do monarca, desprezado pela Casa de Tudor, que pôs fim à guerra juntando as duas rosas, passou a ser procurado pela Casa de Windsor, que sucedeu os Tudor1 e reina até hoje, com Elizabeth II.

Shot024

> Finalmente encontrado 

A busca de 500 anos acabou domingo passado (03.02.13), quando arqueólogos da Universidade de Leicester receberam a prova que faltava (testes de DNA) para anunciar que o esqueleto encontrado em escavações na cidade de Leicester, em setembro de 2012, “é efetivamente de Ricardo III, o último rei da Inglaterra da casa Plantageneta".

Shot018

Os arqueólogos pesquisaram documentos de centenas de bibliotecas do Reino Unido, apontando que o soberano teria sido enterrado no próprio campo de batalha. As conclusões apontavam para o que hoje é um estacionamento no centro da cidade: as escavações acertaram na mosca.

Shot015

> Leicester ou York?

Após a confirmação, a Casa de Windsor vive um drama shakespeariano: os súditos de Leicester requerem que o soberano seja sepultado na catedral da cidade, mas os súditos de York reclamam que Ricardo III, como o último dos York, deve ser sepultado na catedral de York.

Shot005

1. Clique aqui para ler uma correção.

Comentários

  1. Se o senhor me permite, deputado, eu gostaria de fazer aqui uma correção, pois a sucessora da Casa de Tudor na verdade foi a Casa de Stuart (século XVII), posteriormente dando lugar a Casa de Hannover (séculos XVIII e XIX), que por sua vez deu lugar à Casa de Saxe-Coburg-Gotha, essa última a origem da Casa de Windsor.

    E não, eu não tirei isso da internet, mas sim de um livro que li chamado "Escândalos Reais", de Michel Farquhar

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por que o preconceito com a internet? As informações exibidas na rede são confiáveis como as dos livros. Precisamos, sempre, conferir as fontes apenas. Michel Farquhar é um grande historiador moderno. Creio que o livro ao qual você se refere é A Treasury of Royal Scandals, que eu li, em ingles, em 2011 e que, de fato, especifica as casas reais dentro das dinastia. E é verdade que, desde os Tudors várias casas existiram até os Windsor, embora a dinastia seja a mesma, a exemplo das casas antes dos Tudors que, embora de ramos diferentes, pertenciam à mesma dinastia, os plantagenetas.
      Mas você está correto. Da forma como escrevi o leitor acreditará que não houve casas reais antes dos windsor logo após os tudors. Assim que chegar em casa farei correção.
      Obrigado.

      Excluir
  2. Haνing read this Ӏ believeԁ іt waѕ ratheг іnformatiνe.
    I aрpгeciаtе you sρending some time and еffort to
    put thiѕ аrticle togеthеr.

    I οnсe аgain fіnd myѕеlf pеrsonally ѕpending a lot оf time both
    rеading аnd leaving commеnts. But so ωhаt, it waѕ ѕtill worth it!
    Also visit my weblog :: find freebies here

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.