Contabilidade criativa

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As manobras contábeis protagonizadas pelo governo federal para cumprir a meta de superávit de 2012 é um velho artifício usado por estados membros da federação para maquiar as contas públicas.

A “contabilidade criativa” não passa da malandragem que algumas empresas privadas cometem para evadir recursos, quando o dinheiro passa por várias contas e empresas até pousar no destino offshore.

> Sacando o que não é seu para pagar a própria conta

A triangulação assinada pela equipe econômica envolveu o Fundo Soberano, o Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que fizeram uma ciranda para aportar no Tesouro R$ 19,4 bilhões em dezembro. Arrostado, o governo declarou que as operações foram legais.

Faz-se muita coisa errada sem ferir a lei e sem o malabarismo o superávit não seria alcançado. O governo, portanto, para pagar os juros da sua dívida, sacou o que não era seu, o que eleva a dívida bruta, revelando uma deterioração da política fiscal que não está anunciada.

> Legal, mais mas antiético

Quando o governo lança mão de artifícios contábeis para fazer de conta que teve superávit não deixando claro no que isso aumenta a dívida bruta, mascara o perfil do erário e a operação, embora legal, carece da mais primária ética fiscal.

Se isso se repetir em 2013 estaremos cavando um abismo fiscal, se é que já não estamos nele.

Comentários

  1. "Legal mais antiético"

    A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário. Vejamos, pois:

    Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.

    Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:

    Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.

    Abraço

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    Respostas
    1. Corretíssimo, já está corrigido.

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    2. O governo brasileiro esta cada vez "mais" antiético, cada vez "mais" enrolado, cada vez "mais" próximo do abismo fiscal, cada vez "mais" mentiroso, cada vez "mais" acreditando em sua própria propaganda e eu vou comprar a camiseta "mais" cara, “mas" só se for fiado, por que não tenho “mais” dinheiro! "Mas" não se preocupem: o povo está cada vez “mais” preocupado com o "mas"! Em tempo: para corrigir a escorregada do editor, bastavam três ou quatro palavras, "mas" o anônimo preferiu “mais” que isso e deu uma esnobada aula de português, "mas" tudo bem, o Parsifal não vai "mais" errar! Não tendo "mais" o que falar, "mas" com a certeza de que o tal do "mais" não pode ocupar o lugar do tal do "mas", prometo que volto “mais” tarde, “mas” só se não chover!

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    3. Mas mesmo que chova volte mais por aqui.

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    4. É claro que voltarei, mesmo que chova canivetes! Mas, se puder escolher os canivetes, prefiro que sejam os suíços!

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    5. Blog do Parsifal também é educação e cultura, "mas," nem sempre!

      Francisco Márcio

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    6. Mais uma vez discordo : mesmo quando erro a grafia o blog é cultura, pois logo aparece um revisor para corrigir. E já que estamos fazendo cultura, após o "mas" do seu comentário não há vírgula. Mas não se apoquente: pois aqui sempre se aprende mais.

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    7. Alegrei-me com o aprendizado e com a resposta, pois achei que em 2013 o Deputado tinha comido abil?

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    8. Fui pesquisar sua assertiva e encontrei no site Recanto das Letras: estilisticamente, quando se deseja marcar uma pausa, admite-se vírgula após o mas.
      Submeto para sua apreciação.

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    9. Francisco,

      A licenciosidade de estilo não cabe no caso, pois ali não há uma pausa depois do "mas": a frase, como dizem os menestréis, canta-se de um só fôlego.
      A pausa de que trata a licença caberia caso a frase fosse construída como abaixo:
      "O blog do Parsifal também é educação e cultura, mas, creio eu, nem sempre!"
      Ocorreu aí a pausa, para interpor o "creio eu" e, dessa forma, cabe a vírgula depois do "mas".
      Mas vírgulas são um caso sério. Conta-se que Eça de Queiroz, um dos maiores mestres da literatura mundial, ao receber do editor os manuscritos de "Os Maias" para corrigir as vírgulas, amarrou a brochura sem tocá-la, tomou uma página em branco, encheu-a de vírgulas e anexou um bilhete ao editor: "Aí estão as vírgulas: coloque-as onde quiser.".

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    10. Sendo assim filio- me ao Eça de Queiroz, sem antes deixar de agradecer o aprendizado.

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    11. Ora, acredito que não fui esnobe ao mostrar o uso correto do "mais" e do "mas". Você entendeu dessa forma, caro Deputado? Se sim, peço-lhe desculpas! Não fora minha intenção. Lembro que uns meses atrás o senhor mesmo me pediu que sempre que eu encontrasse erros nas postagens, que o alertasse! Apenas fiz isso! Um abraço.

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    12. De forma alguma. Agradeço, e rogo, que continuem as correções sempre que alguém enxergar algo errado.

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  2. Vou acrescentar um comentário, com a politica de governo voltada, exclusivamente, para os mais pobres,através de bolsas disto e daquilo e que na verdade eternizam o voto para quem as distribui,
    os menos pobres não estão sendo considerados, a crise economica é gravíssima e 2012 se não foi o fim do mundo para todos, para alguns com certeza foi!

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