Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Brutos? Muito relativo, Dr. Parsifal.
ResponderExcluirOlá Vinicius,
ResponderExcluirDe fato, muito relativo. Absolutamente brutos são aqueles que, por esporte, abatem estes "brutos relativos", sem atentar que eles também amam.
Parsifal;
ResponderExcluirSerão linces? orelha afilada, cauda curta... pelagem grossa parda com pontos escuros.
22:42:00,
ResponderExcluirSim, são linces.