Pular para o conteúdo principal

O Hugo Chávez dos Urais

shot016

A Rússia ainda vai reverenciar por mais algum tempo o seu czar contemporâneo, Vladimir Putin, que reina absoluto desde 2000.

Em 2008, quando terminou o segundo mandato de Putin como presidente, em não podendo ser eleito uma terceira vez, ele elegeu a sua marionete Dmitri Medvedev para o cargo e passou, por eleição no Congresso, a ser o premiê.

Como Putin tem controle absoluto sobre o seu partido, o Rússia Unida (RU), ao final do primeiro mandato do presidente Medvedev, este não conseguiu a indicação para disputar o segundo: O RU indicou Putin para a corrida presidencial de 2012.

Como prêmio consolação ao obediente Medvedev, o RU aprovou o seu nome encabeçando a lista de candidatos ao Congresso, o que não só lhe garante a eleição como também a vaga de premiê, caso o partido faça maioria no Congresso, o que ninguém duvida na terra de Tolstoi.

Putin, como premiê, providenciou mudanças na Constituição russa, dentre as quais a extensão do mandato presidencial para seis anos, a partir de 2012. Isto quer dizer que ele se elegerá em 2012 e reeleger-se-á em 2018, ficando no cargo até 2024.

É o Hugo Chávez dos Urais.

Comentários

  1. Brasil, Brasil, Brasil, Brasil!

    ResponderExcluir
  2. Parsifal;

    Se em 2014 der Lula de novo, a coisa aqui vai estar igualzinha...
    A obediente Dilma volta para ser a super-chefe-da-casa-civil e...
    Até o Zé Rasputim Dirceu continua a eminencia parda dos grandes esquemas...
    Gente da oposição vai aos poucos avermelhando...
    E o povão continua dançando o "gopac" com a bolsa família.

    ResponderExcluir
  3. não acho o exemplo Hugo Chavez cabível, apenas cômodo do ponto de vista jornalístico. O projeto russo de Poutine é diferenciado, sua análise carece de profundidade. Penso que há regimes democráticos de A a Z, e todos sem exceção discutíveis, uns mais que outros. Não simplifique, sob pena de reproduzir o discurso do pão pão queijo queijo, tão caro e discutível seja a nível local, regional, nacional ou internacional, sabes muito bem que são relações muito mais complexas do que um semanário ou um blog queira ou deseje traduzir, há esforço, mas também a cequeira.
    É meu ponto de vista Parsifal. No mais, acompanho diariamente teu blog e outros mais, sem dúvida, o teu é o melhor do Pará.

    ResponderExcluir
  4. Brasil não, abestada, isso é a toda cultura Rússia, prá lá...

    ResponderExcluir
  5. 01:58:00,

    Desculpe-me a simplificação, mas, para mim é simples assim: todos os mandatários que desejam se perpetuar no poder e usam manobras de qualquer espécie para o intento resumem-se a um só gênero, não sendo relevante a conjuntura em que se encontram.
    Democracia é renovação e transitoriedade.

    ResponderExcluir
  6. hmn-rhum o final da história nós já sabemos: em algum momento ocorrerá uma derrota da panelinha, o ator principal apoiará sua ex-rival, naufragará junto com ela, e o coadjuvante ressurgirá como uma fênix - até que um dia os separatistas levam os recursos naturais e todos ficam com cara de bunda.

    E olha que estamos na terra de Cláudio Putin e de Ana Juliavedev.

    ResponderExcluir
  7. Na sua lógica Parsifal, imagino sua análise simplista se o Lula voltar em 2014. Afinal, como mesmo dizes, "democracia é renovação e transitoriedade". E concordo contigo: o Lula não volta. Para alguns infelizmente, para outros, luloutine.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.