Com o Planalto precisando desesperadamente de uma força de equilíbrio dentro da Câmara Federal, dificilmente os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resistiriam aos apelos para liberar o Partido Social Democrata (PSD), aquele que, segundo o criador, Gilberto Kassab, “não é de esquerda, nem direita, nem centro”.
E assim, de ponta cabeça, nasceu, ontem à noite, 27, mais um partido no Brasil, contra um único voto da máxima Corte Eleitoral.
O ministro Marco Aurélio, sempre avesso ao apelo dos áulicos, marcou a sua correta, embora inglória posição: “se o partido corre contra o tempo o tribunal não. Ele queimou etapas e essa formalidade é essencial. O pedido de registro veio com certidões que são insuficientes”, argumentou o ministro dissidente do coro de que o PSD estaria apto a ser parido, embora a fórceps.
Doravante, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lidera um partido que se estabelece como a terceira maior bancada da Câmara Federal e deverá recepcionar, para disputar as eleições municipais de 2012, os descontentes de outras siglas, além de se prestar a orbitar, em determinados locais, siglas de maior envergadura, como interface de cooptação centrípeta.
Quero saber é como essa galera vai se virar para fazer em 2014, em quocientes, o mesmo número de cadeiras hoje somadas pelo PSD.
ResponderExcluirChapão? Gigi Queiroz e os 40 suplentes? Ou dança das cadeiras mesmo?