Aos 85 anos morreu, este final de tarde, em sua residência, o jornalista Helio Mota Gueiros.
Gueiros foi deputado, senador, governador do Pará e prefeito de Belém.
Um dos mais peculiares personagens da política paraense, pelas suas impagáveis tiradas verbais, que declaravam certa picardia na sua sinceridade única de lidar com as intempéries da vida política.
Conta-se como dele o episódio de um professor que fazia greve de fome em frente ao Palácio. A imprensa, pegou-lhe na saída do expediente e perguntou:
- Prefeito, como o senhor acha que este professor está se sentindo?
Ele respondeu, com a voz aguda e peculiar, sem titubear:
- Com fome…
Foi ele também quem protagonizou umas das definições mais jocosas dos médicos:
A classe ameaçava fazer greve por melhores salários e Helio disse que não atenderia e os substituiria todos se parassem porque “médico é igual sal: branquinho, branquinho e tem em todo lugar branquinho, baratinho e tem em qualquer lugar.”.
Obs. A correção foi feita em comentário do CJK.
Branquinho, baratinho e tem em qualquer lugar... Esta foi a frase usada pelo Hélio Gueiros durante um movimento grevista das categorias da Saúde, que reivindicavam aumento durante seu governo.
ResponderExcluirVá na paz, grande caudilho.
ResponderExcluirOlá CJK,
ResponderExcluirObrigado pela correção. Retificarei no Front.
O então, prefeito de Belém,Hélio Gueiros retrucou o protesto dos moradores da Av Engº Fernando Guilhon. Disse, em seu programa de radio que: a cremação ia ser o fona na sua administração.
ResponderExcluirCaudilho: Ditador!
ResponderExcluirO comentário de Santiago Fernandes (Acadêmico de Direito) define com irreparável propriedade a personalidade política de HÉLIO GUEIROS.
Ressalte-se que a autoridade e o poder político devem - sempre - estar a serviço da causa pública e, portanto, comprometidos com a materialização das aspirações humanas, construindo para o futuro, jamais para o efêmero.
As nações se constroem com o suor dos humildes e com o heroísmo dos abnegados.
Quando se usa a autoridade contra os homens, em favor de um governo desviado dos seus fins naturais, que são as aspirações humanas, a felicidade material e moral de todos e de cada um individualmente, enfim a conquista da progressiva dignidade humana, não se constrói para o futuro, mas para o efêmero, especialmente porque não se respeitou a personalidade de cada um e não se inspirou nos princípios da solidariedade humana.
Conta-se também que perguntado sobre o que ele achava da greve de fome dos professores, ele teria respondido, como que querendo desmoralizar o movimento: "Assim, comendo cabeça de gurijuba, até eu faço greve de fome"
ResponderExcluirEra o chamado "caga-raiva" - o agente público intolerante.
ResponderExcluirPara se ter idéia, lá pelo terceiro ano de sua admiministração municipal, os moradores da Trav. Mauriti, no trecho próximo a Rua Nova, resolveram cavar uns buracos maiores dos que haviam na rua, como forma de protestar, inviabilizando o tráfego viário, principalmente dos ônibus que passaram a desviar seu itinerário.
O "Papudinho" se aborreceu e disse que se os moradores queriam rua esburacada ela ficaria assim e que não iria mais asfaltar aquele trecho, como de fato cumpriu a ameaça, penalizando toda a coletividade daquela área.
O referido trecho viria ser asfaltado somente no proximo governo municipal, de Edmilson Rodrigues.
A mesma coisa ele fez quando tocaram fogo na Delegacia de Polícia de Augusto Corrêa, quando ele era governador.
Então, durante o seu governo estadual o povo daquele município ficou sem delegacia.
Deputado Parsifal, boa tarde.
ResponderExcluirSomente hoje reli o meu comentário, enviado pelo celular, e percebi que a engenhoca havia apagado parte da mensagem, justamente onde o cumprimentava pelo excelente blog.
Aproveito pára fazê-lo agora, pelas postagens sempre oportunas com temas interessantes.
Grande abraço.
Olá CJK,
ResponderExcluirObrigado. É um prazer ter leitores qualificados como você.
Disponha,
Parsifal