Elizabeth Rosemond Taylor não seria, hoje, um padrão de beleza para o cinema, mas, nas décadas de 50 e 60, Miss Taylor era uma das mais festejadas divas da Sétima Arte.
A primeira vez que a vi atuar foi no sensacional drama psicológico “Quem tem medo de Virginia Woolf”, o qual, confesso, não gostei tanto assim naquele dia frio: eu pensei que ia ver a divina Taylor e vi uma megera acima do peso destilando cicuta.
Uns dois anos depois, quando vi de novo, é que percebi que o diretor Mike Nichols tinha sido um mestre ao fazer aquela transformação em Elizabeth Taylor, e foi exatamente a franca interpretação de tudo o que ela não era, que lhe garantiu o segundo Oscar de melhor atriz.
Só então é que eu fui atrás de “Cleópatra”, filmado antes que “Quem tem medo de Virginia Woolf” e talvez o desempenho mais correspondente à atriz, embora não o seu melhor papel: aí me apaixonei por Elizabeth Taylor, pois, ela, de fato, estava divina no papel da egípcia que tomou o coração do romano Marco Antônio.
O primeiro Oscar de melhor atriz de Elizabeth Taylor foi com “Disque Butterfield 8”, no qual ela fazia o papel de uma call-girl do Upper East Side de Manhattan: pegue na locadora que você vai gostar.
A partir dos anos 70 Taylor retirou-se das telas e no final dos anos 90 começou a conviver com sérios problemas de saúde. Há mais de cinco anos se locomovia em uma cadeira de rodas.
No último dia 23, internada no Cedars-Sinai, em Los Angeles, faleceu aos 79 anos de idade.
Com ela morreu um bom pedaço da época glamourosamente reminiscente de Hollywood.
Outros tempos, outros costumes, outros dogmas, outras belezas, outras trangressões e outros ARTISTAS.
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