Copiado do “O Estado do Tapajós Online”, que transcreveu do “Jornal Pessoal”, do jornalista Lúcio Flávio, sob o título “Nada disse”:
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ofir Cavalcante Filho, não pode ver um microfone e uma câmera de televisão à sua frente. Fala sobre tudo o que lhe é proposto, com ou sem autoridade sobre o tema, com ou sem competência, com ou sem razão. Mas quando provocado a se manifestar sobre a censura tentada pelo juiz Antonio Campelo, afastou microfones e câmeras: era mera “questão regional”, que não ia merecer a atenção do presidente nacional da outrora gloriosa OAB.
Quando presidente da seccional paraense da Ordem, Ofir Filho foi instado a dar seu parecer sobre a agressão física de Ronaldo Maiorana a mim. Nada disse por considerar que se tratava de simples “rixa familiar”, tese que seria adotada por todas as pessoas e instituições coniventes com a violência do então presidente da comissão da OAB encarregada justamente de tratar da liberdade de imprensa.
A frase infeliz do sucessor do pai na presidência da OAB (local e nacional) coincidiu com a referência preconceituosa do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, filho de paraense, aos nativos deste Estado, como se eles não tivessem discernimento para tomar decisões e se tivessem tornado párias.
Enquanto fala sobre tudo que acontece no Brasil, Ofir não se sente em condições de tratar de uma “questão regional” do Pará. Ou o Pará não existe ou o presidente da OAB nacional é o que foi o presidente da secção estadual: uma pessoa que não está à altura da posição na qual foi posto por circunstâncias outras que não a postura altaneira e o conhecimento de quem, no passado, tanto dignificou a OAB, como Raymundo Faoro.
Deus proteja o Pará desses seus representantes.
A OAB, assim como o Chico Buarque, só era combativa na ditadura. Depois que a democracia grassou no Brasil, o Chico e a OAB ficaram muito cheios de conveniências: com vênia ao Bandeira, não mais perderam o tento e por isto não ouvem mais estrelas, pálidos de espanto.
Ainda que indiretamente, comparar Ofirzinho com Chico Buarque não foi uma boa inspiração, deputado.
ResponderExcluirSó pra completar seu texto, assim como Chico Buarque a OAB vestiu camisa poilitico-partidária, só que a diferença é , Chico assumiu a simpatia pelo PT enquanto que a OAB se recusa afirmar que não, mas todo sabemos a quedinha e os affairs com o PSDB e aliados, principalmente aqui no Pará, que com exceção do atual presidente, todos tem um chamego gostoso quando se fala de PSDB.
ResponderExcluirNé mesmo deputado, o Sr. é um dos principais simpatizantes, apesar de estar no PMDB.
Já falei e volto a repetir, a OAB precisa olhar e tentar arrumar sua própria casa. Até hoje não conseguiu administrar, sequer, um exame de ordem sem ESCÂNDALOS. No último exame, o edital informava que teriam 15 questões entre ética profissional e direitos humanos. A OAB, inclusive, foi condecorada no Palácio do Planalto por sua iniciativa de incluir a matéria de direitos humanos na prova. Porém, a FGV não incluiu NENHUMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS na prova e para não reconhecer o erro, o presidente nacional, imediatamente, convocou uma coletiva (daquele jeito) e de pronto informou que as questões de direitos humanos estavam lá sim, mesmo que de forma subjetiva e só não via quem não entendia do assunto.
ResponderExcluirAcontece que os professores mais renomados, doutrinadores, juristas, todos não conseguiram encontrar o "implícito" do presidente. Ora, se assim fosse, a OAB não poderia receber uma comenda por incluir a matéria de direitos humanos na prova, pois da forma que o presidente colocou (implicitamente) todas as questões estão relacionadas aos direitos do homem, logo as 100 questões já estariam contemplando a matéria. Então que não aceitasse a condecoração.
A OAB precisa retirar essa armadura de ferro que blinda sua ditadura interna e deixar de querer ser o maior partido político do Brasil, e voltar a ser combativa sem ter o dedo pobre, pois então isto não acontecer, é melhor voltar o dedo podre para si mesmo.
Examinando 2010.3 (APROVADO)
Deveras infeliz a comparação. Ofirzinho não chega ao solado do Chico. E o blogueiro não soube arrematar o texto do Lúcio. Lidar com o texto e a opinião dos outros não é para qualquer um.
ResponderExcluirMas se ronaldo maiorana ( em minusculo mesmo) recebe como conselheiro da OAB um apadrinhado de ofirzinho e ofirzinho é advogado da famìlia maiorana
ResponderExcluiro que se pode fazer?
uma boa investigação ia cair a máscara da OAB..mas, advogado e assim mesmo,pagou ele entrega
Seu comentário fianl foi perfeito. Não há mais objeto, dentro do campo da atuação política, para a existência da OAB, Portanto acho salutar que ela passe a ser somente o que ela é: A representação de uma Classe. Como assim o é o discretíssimo CFM e tantos outros. A OAB tem que deixar as questões políticas para os políticos e vir cuidar de seus próprios problemas que já são muitos, como a ética de seus advogados, de a de juízes patifes, etc. A OAB não é guardiã de nada a não ser dos interesses de seus afiliados. Só isso. Assim como os demais conselhos.
ResponderExcluirPor isso seria ótimos que nosso presidente pudesse se ater nos problemas relacionados aos profissionais que essa instituição representa.