Pular para o conteúdo principal

Juiz britânico determina a extradição de Assange

assan

O juiz britânico Howard Riddle aprovou, na tarde desta quinta-feira, a extradição de Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, para a Suécia, onde ele é acusado de delitos sexuais.

Assange anunciou que vai recorrer até a última instância, alegando que a corte que lhe decretou a extradição não ouviu “o seu lado da história”.

As cortes britânicas, desde o advento da Carta de Direitos, em 1689, têm a salutar tradição de absoluta obediência ao processo legal, portanto, não creio que este argumento de Assange tenha sucesso na Alta Corte, para onde subirá o recurso.

Um ponto, todavia, pode lhe ser a chance de permanecer em Londres: a alegação da defesa de que, caso ele seja extraditado para a Suécia, será julgado sem testemunhas, como prescreve o processo penal sueco para casos de delitos sexuais.

O arcabouço jurídico inglês execra condenações sumárias, e um processo onde provas testemunhais são recusadas, pode soar como cerceamento de defesa no juízo da Alta Corte.

Enquanto o recurso não for julgado, o decreto de extradição do juiz Howard Riddle ficará suspenso.

Comentários

  1. Se no Brasil a Magistratuta sofresse uma fiscalização rigorosa, pode crer, mais da metade de seus integrantes estaria condenada à morte, por prevaricação na distribuição da justiça. Quer o outro nome disso? CORRUPÇÃO! Quem tem dinheiro não é condenado neste País, ainda que seja culpado! Aqui mesmo, no nosso Judiciário, tem processos na vara Cível onde o Réu é poderoso e milionário e a autora é uma simples cidadã, que está aleijada, mas a ação, desde 1993, sequer foi julgada pelo juíz primário, e olha que já rodou de mão em maõa, trocam juiz, aposentam outros, e o Poder tá matando devagar, há 14 anos. É isso que a justiça está fazendo, matando a autora, vencendo-a pela idade já avançada, levando-a já a quase desistência, cansda de tantas audi~encias adiadas e outras cositas más!

    ResponderExcluir
  2. Eu penso que qdo se pensa a sociedade brasileira, deveríamos enfatizar a atuação da justiça, que é apenas ligeiramente questionada, raramente é colocada no banco dos reus, como se faz com os outros atores.
    Principalmente os políticos!

    ResponderExcluir
  3. 24/02/2011 21:33:00

    Companheiro, lhe dou um conselho gratuito: vá dar umas voltas nos outros 26 estados da federação brasileira e, sem tantos motivos para espanto, volte e retifique o seu comentário; tipo assim: "a coisa lá tá feia mas... aqui tá muito pior".

    Saia e toga nesta terra já deram muito o que falar na grande imprensa: é saia mandando menina ficar numa cela com 23 homens e sofrendo abuso sexual toda hora; é saia querendo quebrar o caixa do Banco do Brasil; é saia limpando depósitos em contas bancárias; é saia mandando soltar traficante perigoso; é saia forçando a barra em presídio para visitas fora de hora; é saia condenando paciente mutilado a indenizar o hospital e o médico que mutilaram ele, etc, etc, etc.

    ResponderExcluir
  4. Julian Assange merece o nosso apoio; eu mesmo estou pensando seriamente em "alugar" os documentos de um mendigo para fazer uma doação em dinheiro para a conta dele. Revelar segredos de governo é o máximo nestes tempos. O vídeo que mostra o fuzilamento de cidadãos no Iraque por um helicóptero americano é imperdível (a versão curta).

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.