De pipocas, pirulitos e picolés

boys

Os estrebuchos do líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, fizeram com que a presidente Dilma Rousseff apertasse a tecla “Pause” na nomeação dos cargos do 2º escalão do governo federal.

Henrique Alves chegou ao limite ontem, quando esbravejou a quem pudesse reverberar no gabinete presidencial que “Marco Maia poderia ser a primeira vítima da insatisfação do PMDB”.

Marco Maia, como sói saber, é o candidato do PT, chancelado pela presidente da República, à presidência da Câmara Federal.

À bravata de Alves reagiu Fernando Ferro (PT-PE), líder do PT na Câmara, dizendo que se o PMDB causar problemas na eleição de Marco Maia, o PT poderá devolver no mesmo tostão daqui a dois anos, quando chegar a vez de Alves.

Os cálculos da “Agência Estado” mostram o tamanho da irritação do PMDB com o PT: estes tomaram daqueles, em uma semana, “a Secretaria de Atenção à Saúde, com orçamento de R$ 45 bilhões; a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com R$ 5 bilhões de orçamento, e os Correios, com R$ 12 bilhões.”.

A coisa está mais ou menos como aquela modinha do Osvaldo Nunes, “Mãe-iê”, gravada recentemente pelo deputado Tiririca:

“Manhê, sabe o que me aconteceu?
Manhê, o Tonico me bateu.
Roubou meu saco de pipoca
O pirulito e o picolé
E depois ainda por cima mamãezinha
Deu uma pisada no meu pé. Ai, ai, ai.”

Para tentar acalmar a sanha do Tonico e compensar a pipoca, o pirulito, e o picolé do PMDB, Dilma Rousseff recolheu o bico da caneta e não nomeia mais ninguém enquanto não encontrar uma fórmula de distribuição.

Eu acho que uma regra de três simples resolve toda a celeuma.

Comentários

  1. Quando o nobre deputado escreve, dando ênfase aos bilhões, fico aqui me perguntando, essa briga é pelos reais ou pelos reais benefícios da população brasileira? Infelizmente os políticos ainda não estão preocupados com a população brasileira, na verdade eles estão preocupados é com o interesse de cada um. Interesse pessoal, diga-se de passagem.

    ResponderExcluir
  2. Égua, Deputado, esse teu PMDB é incorrigível!

    ResponderExcluir
  3. A pipoca é a Funasa, o picolé é a Secretaria de Atenção a Saúde e os correios o pirulito.
    Não sei se tudo é obra do tunico, ou o tinico é amigo do Alexandre Padilha, quem viveu em Santarem sabe quem é esse moço.

    ResponderExcluir
  4. 15:47:00,

    E porque não é o PT o incorrigível. E estou escrevendo somente sobre o PMDB porque a ele sou filiado. Mas, as mesmas coisas estão ocorrendo com os demais partidos da base. O ponto do PMDB é que, como ele é o maior, é mais notado.

    ResponderExcluir
  5. Anônimo das 15:36 hs.
    Vc questiona a ênfase que se dá ao montante financeiro do orçamento dos orgãos que o PMDB perdeu, insinuando que o PMDB só vai atras de dinheiro.
    O montante em R$ do orçamento é a única forma de quantificar a importância do órgão. entendeu ou quer que desenhe?

    ResponderExcluir
  6. Dilma errou a tecla, deveria ter apertado a tecla "F___-se", na terceira pessoa do plural, para atingir a todos os partidos, inclusive o seu.

    ResponderExcluir
  7. Eu já fui chefe de poder executivo por duas vezes e, confesso, que há momentos que dá uma enorme vontade de fazer isto que você sugere. Todavia, se fizer isto, o chefe do executivo vai junto. Democracia se exerce com coalizão e, por isto, ao invés de fazer o que você sugere, é necessário sistematizar a coalizão.
    Na ditadura é mais fácil mas, só para os ditadores.

    ResponderExcluir
  8. Anônimo das 18:36, continuo perguntando, importância do órgão ou importância da grana desse órgão? Quer que eu desenhe a pergunta?

    ResponderExcluir
  9. Se o PMDB quiser + espaço político, ele tem que apresentar um projeto pro Brasil, botar a cara pra bater e sair dessa posição de coadjuvante fisiológico que vem tendo desde sempre!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Popular Posts

Mateus, primeiro os teus

O HIV em ação

Ninho de galáxias