Pular para o conteúdo principal

ALEPA aprova contas de 2008 de Ana Júlia

Shot006

A queda de braço estabelecida entre o PSDB e o PT, tendo como coadjuvantes atores do PMDB, em torno da apreciação das contas do exercício de 2008 da governadora Ana Júlia, acabou em um acordo que envolveu, como elemento decisivo da barganha, o Orçamento do Estado para 2011.

Há duas semanas sucessivamente obstruídas pelo PSDB, que já perdia folego regimental para manter o encalhe, as contas de Ana Júlia foram aprovadas hoje, depois que o PT tirou o ás da manga para matar a parada: se o PSDB insistisse na obstrução não haveria acordo para votação do orçamento e este também seria obstruído.

A cunha imposta pelo PT poderia encostar o PSDB no canto orçamentário na porta de entrada do Palácio dos Despachos: inauguraria um governo sem um orçamento para chamar de seu.

O PSDB obrigou-se a recuar e, aproveitando a própria fome com a vontade de comer do PT, negociou-lhe os votos para as mudanças desejadas por Simão Jatene no orçamento, em troca da aprovação das contas da governadora sem maiores delongas.

No abanar da brasa, todos puxaram lenha para grelhar as respectivas sardinhas.

Comentários

  1. Que vergonha, aprovar o errado em troca de mechida no orçamento. É por isto que não vemos politicos na cadeia.

    ResponderExcluir
  2. Daquela Casa de conluios, pode se esperar de tudo, desde atropelar seu próprio regimento, passar por cima da constituição enfim. Do jeito que os políticos estão forçando a barra a guisa de interesses pessoais e deixando de lado o coletivo,das duas uma: ou a população se revolta e toca fogo nas casas legislativas para forçar uma auditoria geral ou está liberada e institucionalizada a anarquia e a desobediência civil. E aí é o caos e a falência das instituições democráticas e do estado de direito.

    ResponderExcluir
  3. Todos farinha do mesmo saco, ou não?

    ResponderExcluir
  4. E a próxima mesa deputado, entrou nesse "pacote"?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.