Retirado da cena política paulista devido ao tratamento de um câncer, o ainda presidente da legenda no estado, Orestes Quércia, está vendo, impotente, o avanço do agora vice-presidente eleito da República, Michel Temer (PMDB-SP), tomar-lhe os espaços de poder.
Já durante a campanha, Temer, com Quércia fora de combate, recepcionou deputados quercistas, emprestando-lhes intendência e, por conseguinte, conquistando-lhes apoio.
Para o início de 2011, Temer espera consolidar o seu comando em São Paulo, com a passagem, através dele, do prefeito Gilberto Kassab, do DEM, para o PMDB.
Caso isto venha a ocorrer, restará a Quércia, combalido politicamente, e sem poder travar as batalhas políticas que Temer deverá lhe impor pelo comando da legenda em São Paulo, passar o bastão para um dos poucos que se mantiveram fiéis ao quercismo durante o seu momento mais difícil: o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), apontado como seu herdeiro político.
Parsifal;
ResponderExcluirAinda que nada tenha a vêr com o post acima, peço a sua acolhida a um comentário pessoal sobre mais uma "proibição" da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desda vez aos medicamentos antibióticos vendidos sem receita médica especial e criteriosa.
Não sei qual ameaça parece ser mais provável: se a citada "escalada de bactérias resistentes a antibióticos" (que segundo a ciência podem ter origem no uso indiscriminado de antibióticos); ou uma "escalada nos índices de morbidade e mortalidade por doenças infecciosas" pela escassez de médicos em número bastante suficiente para prescrever, de forma criteriosa como quer a agência, antibióticos para todo mundo que precise.
Aposto na segunda ameaça.
A proibição da venda de medicamentos sem o controle médico é uma "conclusão rápida e fácil" num universo epidemiológico tão diverso e tão complexo. É sabido que muitos médicos têm "preferências" por alguns laboratórios; que alguns prescrevem produtos novos em vez de antigos (cujos representantes já não se interessam mais em divulgar e doar amostras grátis); que na maioria dos hospitais o padrão farmacológico não contempla nem 20% dos similares, etc. Junte tudo isso e ponha prêços diferentes para diferentes bolsos. Então teremos armado um cenário de... adivinhem... mais exclusão social.
Há muitos anos proibindo a venda de medicamentos à base de hormônios, a ANVISA fracassou na tentativa de evitar que jovens narcisistas se "bombassem" para esculpir massas musculares avantajadas, mas certamente provocou tormentos entre o público que realmente necessita deste tipo de medicamento.
Tratamentos hormonais são de longo prazo, quando não permanentes. Muitos pacientes tiveram suas vidas atingidas por um "estigma colateral" causado exclusivamente pela ANVISA; sentiram enormes dificuldades em tomar injetáveis (mesmo com receita e tudo)e cansaram de ouvir um estribilho infernal dos "efeitos nocivos", de "dopping", de "tóxico", de "dependência", etc, como se merecessem tudo aquilo.
Mas sem dúvida que a maior maldade da ANVISA com os pacientes endócrinos foi retirar-lhes a preciosa discrição com que gostariam de ser tratados pela sociedade, de modo a não serem considerados tão anormais pelos velhos preconceitos deste mundo.
Colocarei o seu comentário, esta tarde, no FrontPage.
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