O juiz eleitoral Aloísio Silveira rejeitou hoje a denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o candidato Tiririca, que era apontado pela procuradoria como analfabeto.
Na verdade, a promotoria, na falta do que melhor fazer, resolveu atazanar a vida do cidadão Tiririca, por achar que o mesmo fere a moral da República ao fazer campanha com palhaçadas.
Está se tornando de perigoso viés autoritário a onda de moralismo puritano que invade a mente de uma parcela daqueles que entendem deter a mentalidade da nação.
É imperioso que se de ao eleitor, soberano no processo de sufragar o seu preferido, a autoridade para exercer tal direito da forma mais irrestrita possível, pois esta é a própria essência da democracia.
As restrições eleitorais, sejam de que ordens forem, não podem ser balizadas nos excessos do direito positivo e sim no juízo do cidadão que detém o direito de votar.
Não bastasse as aberrações jurídicas que os sequestradores da ética publica avocam para cobrar resgate da moralidade pagã lavrada na aplicação da “Lei da Ficha Limpa”, sem a devida vacância da anualidade e a garantia da irretroatividade, os caçadores de bruxas resolveram colocar na fogueira o palhaço Tiririca, que ousou pleitear uma vaga na Câmara Federal, usando como principal mote as suas próprias palhaçadas.
Que recuo democrático pode haver se mais de um milhão de pessoas ajuízam que devem sentar o Tiririca em uma cadeira do Parlamento?
Com que direito se deve tentar impedir eleitores de exercerem a soberania eleitoral porque alguém acha que aquele que faz campanha com palhaçadas, não deve ser votado?
Se um palhaço deve, ou não, ser deputado federal, cabe ao povo decidir e não ao Estado.
Se a democracia brasileira enveredar por este temerário caminho das restrições eleitorais, poderemos chegar a um tempo em que retornará o voto censitário: não cabe ao estado, e nem a ninguém, ser o mentor moral da nação.
É preciso que se garanta à nação a essencial liberdade democrática para votar em quem quiser.
Eu jamais votaria no Tiririca, mas, sou absolutamente contrario a qualquer tentativa de lhe impedir a candidatura.
Não há democracia relativa: ou ela é ampla, geral e irrestrita, ou se torna um simples processo de votação.
Análise coerente, caro.
ResponderExcluirObrigado pela visão democrática.
muito bem fundamentado seu entendimento deputado. Prova que vc tratou o assunto com respaudo é que tá acontecendo no Pará com a candidata que ainda ocupa o relevante e maior cargo publico do estado,ela foi a um programa eleitoral e mentiu publicamente e logo em seguida foi pega na mentira e mesmo assim ainda permanece candidata,depois de ferir totalmente a ética,a justiça nem ligou.Se uns podem mentir livremente pq outros não podem fazer palhaçadas com sua própria eleição livremente?
ResponderExcluirSou absolutamente contra a falta de respeito com um assunto da mais alta responsabilidade do cidadão. Eleição é coisa séria e jamais deveriam ser admitidos candidatos que fizessem apologia da falta de respeito com o processo eleitoral. Estes palhaços gostam de se aproveitar da ignorância alheia - principalmente entre os jovens e os mais oprimidos, sugerindo uma espécie de protesto que não existe. É um puro cambalacho eleitoral.
ResponderExcluirMas ainda que aos palhaços fosse censurado o ar de deboche, não havendo nada de sujo no passado deles, claro que não deveriam ser barrados do pleito. Quem deve ser barrado são só os corruptos ficha-suja, os endinheirados que matam e abusam de menores e não cumprem pena, etc.
Tiririca não conhece o Pará. Se soubesse que os paraenses estão decidindo ente Jatene e Ana Júlia, ele certamente não diria: "pior não fica..."
ResponderExcluirJá tá na hora do povo colocar um legítimo representante, já que a maioria dos políticos enxegam o povo como PALHAÇOS.
ResponderExcluirEsse é o troco bem dado a estes políticos.
Aqui no Pará deveria aparecer algum palhaço para nos representar porque ja estamos cansados de ficar do lada de cá, queremos estar lá na ASSEMBLÉIA também.
Depois de ler a Declaração de bens da ANA JÚLIA, fiquei com dó, tadinha, tá quase passando fome. Me pergunto. O que é a candidatura do Tiririca perto dessa PALHAÇADA?
ResponderExcluirOra se temos um presidente que se gaba ter estudado até a 4ª série primária e um ministro do STF, apenas bacharel, sem especialização, mestrado ou doutorado, por que então não termos um deputado federal analfabeto?
ResponderExcluirÉ a casa do Povo, e o povo brasileiro tem mais de 16 milhões de analfabetos, por que não ter um representanto à imagem e representação?
Deixa o Tiririca ir em frente.