Plenilúnio em Xinguara

lua

Ontem saímos da convenção do PMDB por volta das 14h30m. A ducha de água fria em casa, depois do calor escaldante do auditório João Batista, apinhado de convencionais, soou como o paraíso se derramando sobre a minha cabeça.

Às 15h30m eu já estava chegando a Val-de-Cães, despedindo-me da minha filha do meio: ela passou no concurso da Advocacia Geral da União e faz prova oral em Brasília, hoje.

Ann a acompanha, como sempre, rezando um terço. Mamãe ficou em casa, orando dois terços: estas minhas três meninas conseguem sempre passar em tudo, mesmo porque mais não seja, porque Deus não poderia fazer moucos ouvidos a tanta reza.

Às 16h10m, ao comando do piloto, as turbinas do King Air roncaram faceiras rumo às nuvens de Belém do Pará: dentro eu, o deputado Jader e o deputado Juvenil, rumo a Xinguara.

Plantado na confluência da PA-279 com a PA-150, o antigo Entroncamento do Xingu transformou-se na prospera cidade de Xinguara, que, juntamente com Redenção e Rio Maria, formam os municípios com um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil.

Sempre que venho a Xinguara, ou Rio Maria, pouso na Fazenda Santa Rosa, de propriedade do Roque Quagliato, que, individualmente, possui o maior rebanho bovino do país, cerca de 200 mil cabeças de gado.

Pousamos na Santa Rosa naquela crepuscular hora que se fina e Sol e raia a Lua, quase se encontrando.

Ao descer do avião, fomos saudados por uma revoada de jaburus que voltavam pra casa no crepúsculo.

Quando deixamos a mesa de um rápido, mas saboroso café com mangulão e saímos para o pátio da fazenda, uma enorme lua, ainda quase na linha do horizonte, iluminava o céu de Xinguara, e o Sol já era completamente ido: os dois não se encontraram.

Foi em um fim de dia, e inicio de noite assim, que eu escrevi “Amor proibido”, com o qual ganhei um premio em um concurso de poesia.

Comentários

  1. Pardifal; não poderia fazer moucos ouvidos a tanta poeticidade. Grande abraço!

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  2. PARSIFAL, a Associação dos Servidores da Assembléia Legislativa do Estado do Pará - ASALP, no dia 25 de setembro de 2009, homenageou o PRESIDENTE JUVENIL, através de uma NOTA DE APOIO, cujo teor abaixo se transcreve, mensagem essa que foi redigida pelo RUFINO, TÉCNICO LEGISLATIVO do Poder:

    "NOTA DE APOIO AO PRESIDENTE JUVENIL

    Presidente DOMINGOS JUVENIL, após mais de 20 anos longe do Parlamento Estadual, quis o destino trazê-lo de volta para dirigi-lo. Nesse longo lapso de tempo a providência divina destinou-lhe outras missões, seja no Parlamento Federal, seja na Chefia do Poder Executivo Municipal, porém, Vossa Excelência, no desempenho de todas elas, sempre cultivou, inegavelmente, a perseverança inspirada no bem comum. A ampla experiência acumulada ao longo de sua vida pública, marcada pela simplicidade e máxima retidão, nos ensina a pensar no bem comum como condição precípua do nosso próprio bem, que transforma o egoísmo em cooperação e ajuda, bem como transforma a ambição em respeito às necessidades e aspirações das outras pessoas. Essa valorosa lição faz com que todos nós, servidores efetivos da Assembléia Legislativa, nos irmanemos no incondicional apoio à sua incontestável visão de gestor que decidiu pela elaboração e vigência de um novo PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS, vez que o atual soma mais de 19 anos, por isso deve adequar-se à vigente realidade jurídica-administrativa-constitucional e contemplar o novo modelo de administração pública. Excelência, infelizmente, o tempo é muito mais lento do que o imaginamos em nossos sonhos e esperanças. E cada vez mais lento ele se torna, à medida que deixamos de sonhar e de ter esperança. Para todos nós, persistem as mesmas esperanças, os mesmos propósitos, os mesmos ideais de Vossa Excelência: o compromisso do Poder Legislativo de nosso Estado com o bem comum e com a justiça social. Essa inabalável responsabilidade, esse intransponível sentimento de compromisso, faz com que Vossa Excelência empreste ao cargo de Presidente do Legislativo Estadual a dignidade e a honra com que sempre se conduziu na luta pelo bem comum e pela justiça social. É o nosso sentimento. É o nosso ato de fé. É o nosso reconhecimento".

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  3. Olá Benny,

    Poeta mesmo é quem lê e não quem escreve.

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  4. Faltou os detalhes do encontro com os pastores e visita política a cidade..............

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  5. Olá Ribamar,

    O encontro foi ótimo. Postarei amanhã.

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  6. Deputado Parsifal:
    Estivemos separados por alguns kilometros. Eu tb vi a lua e o sol da janela do ônibus da Transbasiliana. Não pousei na Santa Rosa pois estava em outro tipo de transporte que não se permite estar por lá. Pensei que áquela hora o nobre bloguista estivesse em Belém, onde vários amigos comuns, utilizando do mesmo tranporte que o meu estavam se esfolando para chegar na convenção do PMDB para falar, ou ouvir, ou ver, ou estar perto dos nossos lideres.
    Se estivesse melhor informado não precisaria estar em um veiculo, sujeito a ser assaltado, em direção a uma convenção onde o resultado ja estava definido.
    Espero que "a mesa de um rápido, mas saboroso café com mangulão" esteja sempre presente em suas vidas.
    Abraços.

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  7. Olá Benjamin,

    Raramente as convenções são palcos de disputa: a disputa é feita antes, nos bastidores, e a convenção é a festa dos militantes.
    Desde o início sugeri que este ano a nossa fosse feita em um ambiente maior que este onde tradicionalmente fazemos, pois achei que viria mais gente que nos anos anteriores, o que ocorreu.
    Veja como a lua é democrática: brilhava do mesmo jeito para mim na Santa Rosa, quanto para você na estrada, e, com certeza, para quem a apreciava do conforto dos seus lares.
    Quanto ao café com mangulão, de fato, embora de família de poucas posses do interior, a nossa mesa sempre foi farta e nunca faltou um bom café com mangulão.
    Que você sempre possa vir as nossas convenções, e espero que as próximas possam ser mais confortáveis.

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