As escaramuças entre a governadora Ana Júlia, que capitaneia a DS, e a Unidade na Luta, comandada pelo deputado Federal Paulo Rocha, deixam claro que ela perdeu a autoridade para manejar o governo.
Tornou-se clara esta realidade quando a deputada Bernadete ten Caten, acoitada pelo deputado Zé Geraldo, passou por baixo do portão do Palácio dos Despachos um bilhete ameaçando prévias no PT, caso a governadora não voltasse atrás na decisão de ocupar o INCRA de Marabá.
Concluindo que em havendo prévias arriscar-se-ia a ser vetada pelo partido, Ana Júlia renunciou as prerrogativas do cargo que ocupa, mantendo agendada somente a garantia, a qualquer custo, de ser a candidata do PT a sua própria sucessão.
Com tal desinência, o governo se dissolveu na medíocre lógica de manter o poder como um fim em si mesmo e não como um meio de servir ao Estado.
O governo desapareceu. Resumiu-se a perambular a procura da reeleição e de eleger Claudio Puty deputado federal.
A Unidade na Luta não se deu por satisfeita e resolveu investir contra Puty, uma espécie de enfant gâté ao tsukuba: exigiu-lhe o despejo do gabinete civil.
Ana Júlia pagou novamente o resgate, mas continuou refém, pois a chantagem é como a vingança: um rancor eterno.
Na semana que passou Ana Júlia liquidou mais uma fatura ao cativeiro das prévias que a ameaçam.
Em um arroubo tardio de autoridade decidiu exonerar a Secretária de Educação, Socorro Coelho.
A Unidade na Luta se fez em guarda e não aceitou a interveniência: bancou a secretária, determinando à governadora que a mantenha.
Ana Júlia recuou pela terceira vez: sepultou, definitivamente, qualquer possibilidade de recuperar o comando de um governo que nunca houve.
Este governo, portanto, é hoje uma miragem de conveniências, alocadas nas rugas dos interesses pouco republicanos das tendências do PT.
Nada se espere de uma governadora que se perdeu na incapacidade de exercer autoridade, não conseguindo manter a linhagem da sua corte atrelada ao seu comando.
O PT, por sua vez, ao invés de procurar dotar a governadora da autoridade que ela nunca teve, investe contra a mesma, mostrando que, na forma, também não reúne condições para levar o Pará ao lugar que o estado busca.
Qualquer outro, salvo o PT e Ana Júlia, pode dar ao Pará o governo que o estado necessita: condenem-se ambos, portanto, ao ostracismo político eleitoral que se avizinha.
Com todo respeito Deputado, não substime o poder da militancia petista e da capacidade de retomada do partido rumo à reeleição da Governadora, o PT é grande e, historicamente, vem mostrando q sabe superar as adversidades e conflitos internos, aliás, seu grande desafio é, e sempre será, a Unidade na Diversidade. Um abraço e conversaremos melhor no futuro próximo.
ResponderExcluirNão subestimo a capacidade eleitoral do PT: isto não está em discussão.
ResponderExcluirO que discuto é a capacidade gerencial deste governo e a inabilidade do partido em manejar estas singularidades, como fez o PT nacional, em quem Ana Júlia e o PT do Pará não se espelharam.
Ana Júlia pode se reeleger, pelas caracteristicas partidárias que você coloca e com as quais eu concordo. Mas, o governo continuará sendo, me desculpe, de uma mediocridade a toda prova, porque o problema está com ela. Se o candidato do PT fosse outro, ou outra, talvez houvesse expectativa de melhora.
Obrigado e volte sempre.
O PMDB foi quem criou esta cobra e agora fica reclamando. Vamos logo apoiar o Jatene.
ResponderExcluirEu já condenei faz tempo!
ResponderExcluirdep. O Sr° pode denomina como quiser, pois nos sabemos que no outros partidos inclusive o PMDB sempre tem um Cacique que manda e desmanda, ao contrario do PT onde a vontade de uma pessoa, que pode se a qualquer pessoa, não prevale-se sobre a maioria e sobre a democracia interna, que construiu este partido e o transformaram no que ele e hoje. Agora a midia esta descantando e dizendo que isso vai acaba do o partido e com o governo? Se “isso” é o que o da fortaleza
ResponderExcluirOlá Macunaíma,
ResponderExcluirDevolvo-lhe a lavra: chame como quiser, mas, o que a Unidade na Luta está fazendo com a governadora é chantagem pura e simples.
Divergências e adversidades existem em qualquer agremiação.No entanto, no caso em tela, não se trata de discutir pontos de vista e sim de se fazer imposições. O cacique do PT, nestas circunstâncias, se chama Paulo Rocha.
Quem seria o candidato da prévia? Acho que a Ana Júlia, ruim como está ainda é a melhor no PT.
ResponderExcluirDeputado, o senhor não vê nenhuma possibilidade de o PMDB fechar com o PT?
ResponderExcluirAnônimo das 22:47:00,
ResponderExcluirÉ possível, mas não é provável.
Ao anônimo das 22:47:00,
ResponderExcluirConcordo.
Bom dia, Deputado:
ResponderExcluiracredito piamente que Macunaíma acredita piamente no que escreveu. Mas, não acredito minimamente no que o PT do Pará entende por democracia "interna" (nem vou me referir à "externa"!).
Ana Júlia elegeu-se governadora assentada no seu carisma (?), numa negociação óbvia do PMDB pela sua vitória e pelo comprometimento e garra da militância e dos simpatizantes do PT.
Vencida a eleição, assentou-se no palácio, circundada pelo seu grupelho que só predomina na ficção política paraense .
Não há demcracia na imposição dos desejos individuais da minoria sobre os da maioria ( e aqui refiro-me estritamente ao PT).
Até discordo, Deputado, da sua opinião sobre a posição da Unidade e Luta. Ainda que os meios não sejam elogiáveis - há a chantagem, mas amparada na legítima possibilidade das prévias-a U & L tem representatividade incontestável, através de deputados estaduais e federais. Quantos tem a DS a não ser o desejo - mais um - de eleger o seu homem de Tsukuba?
De volta ao Macunaíma: eu também acreditava, há muitos anos, que o PT é o que você imagina.
Um abraço pra você.
Um abraço, Deputado.
Olá Bia,
ResponderExcluirHá todo o senso na sua análise.
Todavia, eu não creio que o movimento da Unidade tenha motivações republicanas: simplesmente querem espaço de poder eventual.
Desejam salvar-se agora.
Obrigado.
Deputado, você devia era bater palmas para o Governo de Ana Júlia.Me responda. Qual foi o Governo que até o dia de hoje se preocupou em mudar a lógica do desenvilvimento do estado, mudando o modelo exportador de matéria prima? Somente a Ana Júlia. Com suas ações, brevemente teremos uma fábrica de laminados que gerará centenas de empregos, pois vai atrair muitas indústrias. Brevemente também, estaremos degustando chocolates, pois teremos uma fábrica genuinamente paraense. É isso que deveria ser discutido, e não fazer picuinhas com o PT, pois dentro de seu próprio partido, existem brigas internas. Pense nisso. Gostaria de ver meu comentário postado.
ResponderExcluirAo anônimo das 17:39:00,
ResponderExcluire você achou que eu não postaria o seu comentário só porque elogia a governadora?
O modelo de exportador de matéria prima ainda vai permanecer no Pará até que mude o comportamente da federação neste setor.
A fábrica da VALE não tem este condão e também não foi por obra e graça de nenhum governo: faz parte do portfólio de investimentos da empresa e ela só está fazendo porque a ela interessa. Se o Pará ganha algo é como consequência.
Quanto aos chocolates, ótimo: eles deverão ser uma delícia.
Obrigado e volte sempre.