O mundo precisa estabelecer um cenário financeiro favorável para que as florestas tropicais não sejam dizimadas.
A solução é equacionar uma forma de os proprietários de áreas com cobertura florestal nativa, serem compensados financeiramente para mantê-las intactas.
Esta possibilidade não foi incluída em Quioto, quando do estabelecimento do mercado de carbono, que propicia créditos somente em casos de reflorestamento ou aflorestamento, o que acaba sendo, na prática, um contra-senso: para se obter crédito de carbono é necessário que se derrube para depois plantar.
O Brasil, tendo uma das maiores coberturas florestais do mundo, concordou com o atual protocolo, deixando de obter, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono, Abemc, de US$ 8 bilhões a US$ 16 bilhões em créditos de carbono.
Agora, deu-se um lampejo de inteligência na expertise oficial sobre o tema, e o Brasil deverá defender, na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima, neste dezembro, em Copenhague, a inclusão daquela cláusula na próxima revisão do Protocolo de Quioto, em 2010.
Acredito que o bom senso deva prevalecer e a cláusula será incluída. Depois do relatório do Governo Britânico sobre o clima, não há muita saída para conter o aquecimento global senão medidas práticas para fazer a floresta tropical valer mais em pé do que em pranchas.
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