O Governo Britânico publicou os resultados de um estudo, encomendado ao Met Office Hadley Centre, mostrando as consequências do aumento de 4°C na temperatura da Terra nos próximos 50 anos, cenário que se mostra provável caso se mantenha a atual sistemática de emissão de carbono.
O estudo aponta que a temperatura não aumentará uniformemente pelo planeta: há regiões que poderão sofrer acréscimo médio de até 5,5°C.
As consequências são a escassez de água, diminuição da produção agrícola, baixa umidade relativa do ar, mais incêndios florestais e elevação do nível do mar.
No Brasil, a temperatura média aumentaria entre 5°C no litoral e 8°C no interior, o que causaria desequilíbrio significativo na produção agrícola, além de diminuição nos reservatórios de água.
As geleiras do Himalaia se reduziriam, privando 23% da população da China da vital fonte de água do degelo durante a estação seca.
David Miliband, ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, ao ler o documento ficou assustado: "nós não podemos lidar com um mundo cuja temperatura suba em 4°C", declarou ele.
É mais assustador ainda constatarmos que o mundo não está dando a devida atenção a esta perspectiva, e que a ciência trabalhe mais nos possíveis efeitos do que na deflação da causa.
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