Eu duvido
Querer de volta, todos os que têm um mínimo de respeito com a definição republicana de segurança pública, querem. Trazer de volta são outros muitos quinhentos.
Quando Ana Júlia assumiu o governo do Pará, uma das suas primeiras medidas foi assinar um decreto chamando de volta todos os policiais do Estado que estavam a serviço de tribunais, inclusive os de contas, da Assembleia Legislativa, órgãos estaduais, prefeituras municipais, deputados, empresas privadas, VIPs e assemelhados.
Segundo ela, mais de 3 mil soldados e oficiais estavam nessa condição e, como líder do PMDB na Alepa, fiz um pronunciamento apoiando a medida.
Foi um Deus nos acuda. Todos os servidos se juntaram em uníssono, ameaçando a governadora de todas as formas republicanas, inconfessáveis e impublicáveis: ou ela esquecia o decreto ou pagaria caro pela ousadia de deixar “todo mundo” sem segurança.
Eu, ainda em um arroubo de ousadia, repliquei que quem quisesse segurança além daquela que o Estado tem que dar a todos, que contratasse segurança privada.
Frigindo os ovos e resumindo o forró, a governadora não conseguiu romper a resistência dos servidos e voltou a pasta que jamais saiu do tubo, permanecendo, como até hoje é, um grande contingente policial prestando serviços para poucos.
Eu duvido que o secretário de Segurança consiga o que, justamente, quer.
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