O apelo de Lula

O ex-presidente Lula postou hoje (15) a sua mensagem “ao país e aos deputados sobre a votação da admissibilidade da denúncia do impeachment”, que ocorrerá no domingo.

Lula apela aos deputados para que não "embarquem em aventuras, acreditando no canto da sereia dos que sentam na cadeira antes da hora", o que é uma clara referência ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), e opina que "derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise".

O tom da fala de Lula, embora ainda resvale para as alturas em alguns segundos, deveria ser esse desde o início: apelos.

Mas somente agora, depois do leite borbulhando na caçarola e derramando pelas bordas do fogareiro, quando os placares do Estadão (347 votos), da Folha (342 votos) e do Globo (345 votos), apontam que a oposição dobrou o cabo das tormentas, amenizar o abano na brasa, talvez não tenha o efeito desejado.

Abaixo a fala de Lula:

Comentários

  1. Hoje aprendi o seguinte com o José Eduardo Cardozo:
    Todos aqueles que foram às ruas em 1992, tendo o PT à frente, devemos desculpas ao Collor.
    Interrompemos um mandato legítimo, amparado em 35 milhões de votos, só porque o Pedro Collor deu uma entrevista à Veja (à Veja!) denunciando uns esqueminhas de propina. Tinha a história da Fiat Elba, mas o que é uma Fiat Elba diante de uma Pasadena?
    Cardozão foi claro: só um "grave atentado à Constituição" justificaria o impeachment de um presidente da república democraticamente eleito.
    Collor não praticou nenhum atentado à Constituição. Foi removido do poder depois de jogar o país na recessão, perder o apoio popular e destruir sua base de apoio no Congresso. Impeachment nessas circunstâncias, ensinou o AGU, é golpe.
    Doravante passemos a nos referir aos eventos daquele período como "o Golpe de 92".
    Foi mal aê, Collor!!!!!

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    1. Não amigo, Collor era e é corrupto, e a melhor coisa foi apeá-lo do poder, coisa que a Dilma não é.

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  2. Oi querido amigo pelo formato do post, acho que o teu percentual de dúvidas diminuiu..um grande abraço

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  3. Sou severo crítico do governo, aliás, nem votei na Dilma nas últimas eleições, mas entregar o poder ao Temer e Cunha seria uma irresponsabilidade tremenda.
    Não se tem ouvido falar, mas uma das principais bandeiras de campanha da Dilma era o combate à corrupção. Nos debates na televisão ela reiterou diversas vezes, que iria ser incansável no combate à corrupção, inclusive falando do Engavetador-Geral da Republica Geraldo Brindeiro na época do FHC.
    Aos que alegam que são contra o governo por causa da corrupção, vale pena ouvir a palavra do Procurador da Republica Alan Mansur na entrevista ao Diario no último domingo: " De fato, algumas pessoas utilizam isso como se combater a corrupção fosse só combater o PT, que está no poder. E, evidentemente, quem trabalha no Ministério Público vê claramente que não é."
    O ódio ao PT, de muitas pessoas, não está deixando ver que esse impeachment é uma farsa.

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  4. O PMDB/PA já negociou espaço no futuro governo Temer?

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