Lavra o Antigo Testamento, no livro de Jó, que “os homens se cobriam de cinzas para exprimir sua dor e humilhação”.
Quando a Igreja Católica adquiriu poder temporal, no primeiro dia da Quaresma os pecadores, ou penitentes, se apresentavam ao bispo, ou penitenciário (daí a designação de penitenciária à casa de detenção que serviria para os delinquentes purgarem os seus crimes) e pediam perdão pelos seus pecados.
Os penitentes se apresentavam ao bispo vestidos com um saco e com a cabeça coberta de cinzas, que representava a consciência da mortalidade, pois está escrito que "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris”, no vernáculo “Lembra-te, homem, que és pó e ao pó retornarás”.
Mais tarde, um dos mais sábios membros da Igreja, Santo Agostinho (para mim só superado por São Tomás de Aquino), tornou a cerimônia das cinzas uma obrigação para todos os cristãos, pois, segundo ele, todos somos pecadores.
A quarta-feira de cinzas, portanto, é o dia em que nos devemos prostrar aos pés do Criador e pedir perdão pelos nossos pecados (e pelos excessos da folia), com a cabeça coberta de cinzas, para que jamais esqueçamos que somos pó.
Como não mais é costume cobrir a cabeça com as cinzas, o celebrante, com o dedo polegar envolto em cinzas, faz o sinal da cruz na testa do penitente, que só pode lavar a cinza após o meio dia, daí porque o feriado do carnaval termina ao meio-dia da quarta-feira.
Parsifal,Boa Noite !
ResponderExcluirMatéria Revista Exame |10/02/2016 - As 50 Cidades Menos Desenvolvidas do Brasil.....INFELIZMENTE o nosso Estado do Pará está "Contemplado" com 09 Cidades....Justa ou Injustamente estamos mais uma vez no cenário nacional negativamente em destaque .
Achei necessariamente importante divulgar.
Sandro Fabricio Cruz
Parsifal, ao ler o post, lembrei-me dos meus tempos de "coroinha" do meu querido Colégio Do Carmo. A missa era em latim e as aulas de catecismo continham, não só a parte de total obediência a princípios da religião, como verdades que balizaram meu comportamento a vida toda. O meu lema foi aprendido no Carmo. " A Glória é passageira; a celebridade, eterna. Graças à tão belo ensinamento, jamais me empolguei com momentos de triunfo. Aprendi a interpretar a obra de São Tomás de Aquino e de Santo Agostinho, que me foram de grande utilidade no 1 ano da Faculdade de Direito, quando o grande mestre Daniel Coelho de Souza lecionava, com rigor,"Introdução a Ciência do Direito". De Santo Agostinho, mestre, não só da Igreja, não sabia ser dele, á imposição das cinzas. Gostei muito da sua honestidade e sinceridade quando instado por sua mãe, Santa Monica, para renunciar aos prazeres da carne, teria respondido: "Castidade, mas não já"
ResponderExcluirOlá amigo Ronaldo. Quando estou em São Paulo, vou a missa das 18h, aos domingos, no mosteiro de São Bento, que é rezada no rito Tridentino, toda em latim. Certa vez, conversando com o nosso eterno padre Dom Zico, sugeri a ele que encontrássemos um sacerdote que operasse o rito em Belém. Ele, com aquela calma peculiar, respondeu-me na bucha: "já estamos com dificuldade de encontrar sacerdotes que rezem a missa em português..."
ExcluirCaro Parsifal. Volta e meio visito seu blog e, quase sempre, concordo com o teor de suas postagens. Hoje irei discordar... Santo Agostinho foi maior - por favor, entenda como questão de opinião! Entretanto, muitas vezes vejo comparações entre Agostinho e Tomás de Aquino, mas que não levam em consideração o imenso hiato temporal existente entre ambos. Ora, são quase 900 anos de diferença entre a vida de um e de outro. A importância de Santo Agostinho para mim reside justamente no fato de, ainda no final do quarto século, ter lançado bases suficientemente sólidas para o desenvolvimento do cristianismo e da filosofia ocidental. Aguardemos o dia 15 de junho para celebrarmos Santo Agostinho. Até lá, sugiro a todos a leitura de De Civitate Dei, sempre oportuna e atual.
ResponderExcluirSim, Agostinho foi um dos mais sábios. A De Civita Dei, juntamente com a Summa Theologica, de Aquino, foram duas das maiores obras literárias que a espécie humana já produziu. Mas sugerir estas leituras nos dias de hoje, pode ser, data vênia, semear na areia...
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