Pular para o conteúdo principal

Pesquisa com deputados indica que o governo precisa de apenas mais 12 votos para barrar o impeachment

Shot001

Alegam os estrategistas do Planalto que embora o governo deseje pressa no processo de impeachment, inclusive tendo cogitado a suspensão do recesso parlamentar para votá-lo, agiu para que a definição do rito fosse ao STF, prolongando a decisão do plenário da Câmara, porque ainda tem dúvidas se alcançaria os 171 votos necessários para rejeitar a denúncia.

A propósito disso, o Datafolha publicou uma pesquisa, realizada de 7 a 18 de dezembro, mostrando que tanto os governistas não têm os 171 votos, como a oposição não conseguiu os 342 suficientes.

No levantamento, 42% dos deputados federais, o que equivale a 215 votos, se disseram favoráveis ao impeachment. Como para aprovar a denúncia são necessários 342, faltam à oposição 127 votos.

Os deputados contra o impeachment foram 31%, o equivalente a 159 votos. Faltariam, portanto, 12 votos para derrubar a denúncia na Câmara e sepultar o processo sem sequer ir ao Senado.

Há, pela pesquisa do Datafolha, um percentual de 27% de deputados indecisos, que equivalem a 138 parlamentares. Convenhamos, todavia, que é muito menos difícil ao governo cabalar 12 votos do que a oposição conseguir 127.

Portanto, é aconselhável que o governo providencie a votação o mais rápido possível, pois idas e vindas ao STF é imperícia do governo que favorece a oposição: postergar a votação para fevereiro, dá o janeiro aos favoráveis ao impeachment para labutar apoio dentro da Câmara e nas ruas.

As ruas, por sua vez, pelo visto nas manifestações pró e contra o impeachment, não estão com disposição para mobilizações, haja vista que ambas as investidas foram um fiasco.

Comentários

  1. http://www2.cdp.com.br/arquivo/relatorio_gestao/relatorio_gestao_cdp_2001.pdf

    ResponderExcluir
  2. Enquanto o presidente da Câmara for o pmdebista Eduardo Cunha quem decide tudo lá, sobre impedimento, é ele, não o governo. Outra coisa, com uma Câmara Federal composta pelo Eduardo e seus comparsas, o movimento das ruas não diz nada, o interesse é somente deles. Em 2013 o movimento das ruas foi muito maior, exigindo reforma politica e combate à corrupção entre outas pautas. Os deputados nem ligaram para o povo. Não adianta agora dizer que depende das ruas. Nunca dependeu, se dependesse das ruas, o próprio Cunha já teria sido cassado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade. As ruas não tira ninguém: elas elegem quem está aí. Portanto, já que de Deus é a voz do povo, o Cunha é uma benção!

      Excluir
  3. Nº 244, terça-feira, 22 de dezembro de 2015 EDITAL DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015
    RESULTADO FINAL DO CONCURSO PÚBLICO
    O Diretor-Presidente da COMPANHIA DOCAS DO ESTADO
    DE SÃO PAULO - CODESP, entidade de economia mista vinculada
    à SECRETARIA DE PORTOS (SEP), FAZ SABER que, verificada
    a conclusão dos trabalhos de realização do Concurso Público
    em tela, e ainda certificado de que, decorridos os prazos legais não
    existem recursos pendentes, homologa o Resultado Final do Concurso
    Público EDITAL No- 01/2015 para o cargo de Auxiliar Portuário.
    A Homologação do Resultado Final do Concurso Público
    Edital no- 01/2015 dos candidatos Aprovados encontra-se discriminado
    por Código do Cargo/Cargo, constando suas informações na seguinte
    ordem: número de inscrição, nome do candidato, documento, nota
    objetiva, TAF, classificação e status, conforme abaixo.
    RESULTADO FINAL VAGAS RESERVADAS A CANDIDATOS
    NEGROS - LEI FEDERAL no- 12.990/2014, EM ORDEM
    DE CLASSIFICAÇÃO

    ResponderExcluir
  4. Tinha que chover gasolina por meia hora e palito de fósforo aceso por mais meia.

    Estão criando um 'subsistema de seguridade social', para um país subdesenvolvido. Em vez de aposentadoria, milhões de pessoas estão desistindo em favor do amparo social; o SUS está sendo desviado até para criação de cavalos de raça; a assistência social é a mais abstrata possível. Aposentadoria vai se tornando um luxo acessível só as camadas mais altas e... aos políticos é claro.

    ResponderExcluir
  5. Se o Parsifal pudesse ser um desses 12 pra salvar a "PRESIDENTA" seria a alegria TOTAL !!!!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.