Todo o poder à Globo

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No último dia 5 de agosto, o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, foi ao Senado para uma sessão solene em homenagem aos 50 anos da TV Globo.

Essas homenagens só existem por aqui. Eu não tenho notícia que o Parlamento inglês se tenha reunido em sessão solene para homenagear o “The Times”, o maior jornal da Inglaterra, ou que o Congresso dos EUA tenha votado salamaleques ao “The New York Times”, o maior dos EUA, mas isso é outra história.

João Roberto Marinho aproveitou para falar com três ministros do governo Dilma Rousseff: o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o ministro do Turismo, Henrique Alves, dono da afiliada da TV Globo no Rio Grande do Norte.

No Senado, Marinho reuniu-se com o presidente Renan Calheiros, e com os líderes partidários do governo e da oposição. De lá foi ao Jaburú, ter com o vice-presidente Michel Temer, de onde saiu para tomar um café com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves.

Depois do café com Aécio Neves, Marinho encontrou-se com o senador José Serra (PSDB-SP) e antes do dia 5 foi recebido pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A todos, Marinho pediu uma avaliação das chances de o Planalto conseguir recompor sua base no Congresso e manifestou a preocupação com a situação econômica do país, confidenciando que o Grupo Globo sofreu acentuada queda de faturamento, estendendo-se tal evento a todos os grupos de mídia do Brasil e pediu moderação para que o Brasil não afunde em uma crise institucional.

Após o périplo, a Rede Globo arrefeceu sensivelmente o espaço dado a oposição, igualando-o ao do governo nos seus jornais e a trégua culminou com o retorno do presidente do Senado, Renan Calheiros, à base aliada.

Mais uma visita de João Roberto Marinho em Brasília e Aécio Neves que se cuide para não pedirem a cassação dele no Senado.

Comentários

  1. aprecio o humor das duas ultimas linhas, mas eu gostaria que a empresa pendesse para o outro lado.

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  2. Ou seja, dane-se o povo brasileiro. Importante é nosso faturamento não cair.

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  3. Interessante a menção ao notório Henrique Eduardo Alves ser dono de uma afiliada da Globo. Pra ser justo, essa lista de políticos donos de afiliadas de redes de TV, quer sejam Globo, SBT, ou Bandeirantes, na verdade é um descalabro, coisa de país de meia pataca. Sem contar que muitas dessas afiliadas estão em nomes de laranjas, empresinhas de fachada e outros tapas na cara das pessoas. O Blog poderia inclusive nominar outros políticos, que como o Henrique Alves têm empresas de comunicação em seus nomes, ou dos seus prolíficos laranjais.

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