O anunciado reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA, até que as primeiras conversas bilaterais, nesse janeiro, em Havana, se iniciem, não tem passado de meras trocas de presos até agora.
Todavia, do ponto de vista do cidadão comum, começa a mudar a percepção de que Cuba é uma espécie de espelunca comunista “invisitável”, o que é uma visão preconceituosa e equivocada.
Desde o final da década de 90, quando os rublos da extinta União Soviética começaram a rarear, a ilha se abriu para o turismo como forma de compensar a perda. A Europa, principalmente a Espanha, e o Canadá, foram os primeiros a sentar praça em uma Cuba ávida por estrutura turística.
Vários hotéis e resorts foram construídos pelo governo cubano e por redes hoteleiras internacionais, principalmente a espanhola Meliá e em 2013, segundo a Organização Mundial de Turismo, Cuba recebeu 2,8 milhões de turistas, o que é a proeza de ser a metade do que o Brasil recebeu no mesmo ano, o que, em termos relativos, significa que a ilha recebe muito mais turistas que o Brasil.
As paradisíacas praias do caribe cubano de Varadero, Cayo Largo, Cayo Coco e Cayo Santa María, com seus luxuosos resorts são os locais mais procurados, mas a porta de entrada, La Habana, a capital do país, é onde o turista tem a oportunidade de ver a Cuba real e ter contato com o cubano, um povo simpaticíssimo e acolhedor.
La Habana serve a todos os gostos: desde aqueles que preferem ficar hospedados nos palacetes restauradas pela Habaguanex, a estatal que cuida do turismo, a maioria situada em Habana Vieja, o centro antigo da cidade, declarado Patrimônio Mundial pela Unesco, passando pelos que optam pelos luxuosos hotéis europeus, até aqueles que, como eu, preferem o histórico Hotel Nacional de Cuba (também declarado pela Unesco Patrimônio Mundial), uma joia arquitetônica dos anos 30 postado no alto da colina de Taganana, de onde se mira El Malecón habanero, o calçadão da beira-mar da cidade, e um dos mais belos arrebóis do Caribe.
E ainda há a opção de hospedagem em casas de famílias, o que ainda continua vedado pelo governo, mas que mais ninguém obedece. Essas espécies de estalagens são de categoria pra lá de duvidosa e a maioria se localiza na parte deteriorada de La Habana. Eu gosto de andar por ali: parece o mais perfeito cenário de um filme distópico, mas a gente é alegre e hospitaleira.
Creio o turismo cubano triplicará quando os cidadãos norte-americanos não sofrerem mais as barreiras hoje impostas para visitar a ilha. Esclareça-se que essas barreiras, por incrível que possa parecer, não são impostas por Cuba, mas pelos próprios EUA, por conta do embargo.
Quando cair o embargo, Cuba será paço para altíssimos investimentos dos EUA, tanto das cadeias hoteleiras quanto das empresas de serviços, principalmente os de telecomunicação.
A zona portuária, idem, receberá investimentos de peso, pois a ilha possui a mais privilegiada posição marítima do Caribe, na desembocadura do Canal do Panamá e na entrada do Golfo do México: em pouco tempo será o principal entreposto nos dois lados do continente tanto para a navegação que singra o Pacífico quanto aquela que singra o Atlântico para atracar em qualquer ponto do cone Sul dos EUA.
O Brasil, sem prever e sob cerrada crítica, fez pule de 10, de 20 e de 100, no financiamento do Porto de Mariel, que será um dos principais pontos de entreposto do referido corredor. Lendo sobre o assunto, descobri que Singapura é parceira do Brasil na empreitada.
Portanto, se você ainda não foi a Cuba, independente do que pensa do Fidel, não sabe o que está perdendo: Cuba não é o Fidel e vice-versa.
E se quiser investir em algum negócio, a hora de chegar é agora. A queda do embargo norte-americano é mera questão de não tão longo tempo e quando ele cair, os ianques não vão deixar sobrar nada pra ninguém.
Alto nivel esta postagem(assim como muitas). seu blog é um cantinho de visita necessario...Parabéns.
ResponderExcluirComeçou 2015 fazendo um jabazinho Excelência? Já é por conta do desemprego? Brincadeira. Apesar de saber de sua antropolatria por Fidel, e, dele figurar na Forbes, não creio que ele queira gastar seus pesos cubanos ( ou seria dólares !?! ) com o blog.
ResponderExcluirUma pergunta: 2:19h, hora publicação, foi on line?
Se eu for esperar ganhar algum do Fidel para comer, seja em pesos cubanos, sejam em dólares, com certeza entro em estado de inanição antes que ele meta a mão no bolso. Há centenas de piadas na ilha sobre a avareza de Fidel. Dizem que, ultimamente, ele custa a aparecer em público para não gastar a imagem.
ExcluirSim. Fiz a postagem no avião e postei quando pousei.
Fui a Cuba em 2014, hospedei-me no Hotel Nacional em Havana e estou morrendo de vontade de voltar. Mas acho que não é local para o brasileiro mediano que só pensa em compras e shopping. Ali o turismo é de natureza ou cultural. Enfim, se você está de saco cheio de brasileiro, ali é o local ideal
ResponderExcluirDeputado, não tinha peixe no mercado de Mosqueiro, não da para o Ministro dar uma passadinha lá? Foi só assumir para o peixe desaparecer. Assim não dá! O Ministro não pode e deve se envolver somente com a distribuição de verbas para o pagamento do defeso.
ResponderExcluirAnônimo 21:18;
ExcluirO problema da falta de peixe no Mosqueiro não se resolve com o ministro e sim com o traficante.
Como traficante?
ExcluirEste negócio de peixe não é com o Ministro? Quem come o filé tem que chupar os ossos.
ExcluirCuba. País em que qualquer cubana se prostitui por um maço de cigarro ou por um misto quente!
ResponderExcluirA generalização é preconceituosa e grossa. Tenho certeza que você pode ser muito melhor do que isso.
Excluirgeneralização é complicado a frase do leitor se encaixa, perfeitamente, para o brasil tbm
ExcluirOs cubanos adoram o Brasil, pois metade da ilha torce para a seleção brasileira na Copa do Mundo, amam nossos lutadores do MMA ou UFC. Infelizmente, acho que esse amor não é correspondido, constatada pela resposta preconceituosa desse anônimo de visão distorcida.
ExcluirOk. Qualquer cubana que não faça parte do grupo de apaniguados dos irmãos Castro!
ExcluirQuer ganhar dinheiro em Cuba, quando a economia se abrir, abra uma fabrica de tinta!
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