Assepsia padrão Fifa

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Matéria do jornal belorizontino “Metro BH”, edição de quinta-feira (29.05) reporta que a a Polícia Militar anunciou que fará remoções de moradores de rua durante a Copa do Mundo.

O anúncio da PM-MG, declara que as remoções serão feitas “mesmo se for preciso o uso da força”, que “ocorrerá se o morador de rua se recusar a sair do perímetro isolado da Fifa.”.

Se ele se recusar com força, a PM usará da força proporcional, conveniente, oportuna e necessária para restabelecer a lei”, declarou o porta-voz da Polícia Militar mineira, major Gilmar Luciano.

Informa a matéria do “Metro BH” que, segundo a prefeitura de BH, 1.827 pessoas vivem ao relento na cidade.

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A coordenadora do Comitê de População de Rua de BH, Soraya Romina, reagiu: “As pessoas vão ficar na cidade participando da festa como quiserem, orientadas a estar no espaço público de maneira regular. Isso significa que elas não podem fazer desse espaço uma condição de moradia”.

A reação da coordenara é insipida e inodora: os códigos de posturas de todas as cidades do mundo não permitem que pessoas morem na rua, portanto, não tem como morar na rua “de maneira regular”.

Com 5% do que foi gasto para construir estádios, seriam construídos abrigos padrão Fifa para recepcionar os moradores de rua e implantar programas que os inserissem na sociedade, mas o Estado optou por colocar estádios sobre o tapete e varrer os indigentes para baixo dele.

Governar é eleger prioridades. As nossas estão de ponta-cabeça.

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