Pular para o conteúdo principal

Deposição do presidente Yanukovych faz Rússia ameaçar a integridade territorial da Ucrânia

Shot002

Esclarecer se a recente deposição de um presidente legitimamente eleito na Ucrânia foi um golpe de estado ou uma revolução civil pode ajudar a erigir algum juízo para responder se protestos eventuais devem ter mais valor que o sufrágio universal.

Creio que, no caso da Ucrânia, a fina linha que separa a legitimidade popular da estabilidade democrática foi rompida, pois nas democracias a legitimidade popular se faz no voto e não às balas.

A aproximação de Kiev com Moscou, núcleo dos protestos, não justifica a deposição do presidente Yanukovych, pois ele não cometeu atos ilegais para tanto: foi uma opção de política externa de sua prerrogativa presidencial.

> Solução negociada rejeitada pela oposição

Yanukovych, atendendo à urgência de uma solução negociada para a crise, comprometeu-se em convocar eleições no final de 2014. Se apertado, adiantaria a convocação para julho, e essa seria a forma legítima de decidir a querela.

> As pedras do caminho

A polícia de Yanukovych excedeu-se na reação aos protestos, mas nas democracias as insatisfações populares se resolvem nas eleições e os crimes se julgam na Justiça: essas opções foram eliminadas na Ucrânia, portanto ali se instalou um regime de exceção.

A democracia se exerce com a paciente e firme retirada das pedras que lhe obstruem o caminho, e não pulando por sobre elas, pois se assim fizermos, só lograrão êxito os mais fortes, que conseguem muque suficiente para os saltos.

> Ameaça territorial

O equívoco da oposição, que deu metano além da estabilidade democrática aos protestos, força Moscou a uma arriscada manobra de política externa: Putin, sem maiores pruridos, determinou a carenagem dos aliados da Rússia na Crimeia, o que pode culminar com a separação de ¼ do atual território ucraniano, pois o manejo estratégico da região é tão importante para Moscou como, por exemplo, é imprescindível para os EUA não perder de vista o Canadá.

Comentários

  1. Voto no Helder para governador e em vc para federal quero votar também no estadual do PMDB, quem será o candidato a estadual pelo 15 em Tucuruí?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Do PMDB haverá o Arthur e o Xandão.

      Excluir
    2. Ta feio para o PMDB de Tucuruí, esses dois nem conhecidos são.

      Excluir
    3. Acebei de apresenta-los a você. Apresente-os aos seus amigos e peça aos seus amigos que os apresente-os aos deles. Aí eles passarão a ser conhecidos.

      Excluir
  2. Hey! Do you use Twitter? I'd like to follow you if that would
    be okay. I'm absolutely enjoying your blog and look forward to new updates.


    My weblog ... Game of War Fire Age Hack illimite gold

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

Campanha para nomeação de Defensores Públicos aprovados em concurso

Os aprovados no concurso da Defensoria Pública do Pará, em 2009, labutam pela nomeação e, às vésperas da expiração do prazo do concurso, 23.07.2011, iniciam uma campanha para não terem as suas expectativas frustradas. No concurso de 2009 foram aprovados 148 candidatos, dos quais 56 foram nomeados e 92 aguardam nomeação. Por emenda da deputada Simone Morgado, o Orçamento do Estado, para 2011, prevê dotação para a contratação de 45 Defensores Públicos. A Defensoria Pública do Pará está recebendo, desde janeiro deste ano, os repasses financeiros já acrescido o valor da emenda citada, mas, até o momento não notificou os aprovados para nomeação, assim como não dá explicação alguma da não providência. Dos 144 municípios do Pará, 83 não possuem Defensores Públicos. Das 117 comarcas instaladas no Pará, em apenas 65 há Defensores Públicos lotados. O Grupo de Concursados requer a nomeação dos 45 Defensores Públicos para os quais o órgão possui dotação orçamentária e recursos financeiros para c...