Remediando o que não foi prevenido

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O governo de S. Paulo fez ontem (9) o primeiro teste com o primeiro monotrilho de alta capacidade do mundo: a linha Prata (foto acima), na Zona Leste da capital, que ao termo transportará 40 mil passageiros por hora.

Com 2,9 km, esse é o primeiro trecho de  um total de 24,5 km de extensão.

Está também sendo construída a linha Ouro, que ligará o aeroporto de Congonhas à Zona Sul da capital.

O monotrilho, menos caro que o metrô subterrâneo, é uma solução remediada para a falta de planejamento de longo prazo para o transporte público de massa nos grandes conglomerados metropolitanos do Brasil.

> Impacto visual urbano

Os moradores dos trechos varados pelos monotrilhos, que trafegam a uma altura média de 8 metros, consideram o equipamento tão invasivo quanto os condenados minhocões, além de impactar negativamente a já combalida paisagem urbana da cidade, mas a Companhia do Metropolitano de São Paulo assegura que será dado tratamento paisagístico adequado aos elevados e as passagens entre os prédios serão envelopadas para garantir a privacidade dos moradores.

Cada vez mais, a nossa falta de previdência vai transformando a paisagem das nossas cidades naquelas desenhadas pelos ilustradores das distopias urbanas, cujas vias de transportes são um emaranhado de tripas que até poderiam ser belas, se não contribuíssem para aumentar a nossa esquizofrenia de espaço e a nossa ansiedade de tempo.

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É o que o Caetano cantou em “Sampa” e que, aos poucos, vai sendo a canção de ninar de todas as metrópoles nacionais: “a dura poesia concreta de tuas esquinas…”.

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