Paula e Bebeto

No raiar da década de 70, Milton Nascimento fazia uma “roda de violão” em uma Praça de Três Pontas-MG. A noite avançava e a audiência minguava. Mas raiaram o dia uma garota de 15 anos e um rapaz de 17: Paula e Bebeto.

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Milton enterneceu-se com os namorados e virou uma espécie de padrinho deles. Contava que podia sentir o amor exalando do casal. Chegou a dedilhar uma melodia para oferecer aos dois, mas nunca teve tempo para concluir.

Em 1975, Paula e Bebeto ficaram noivos, mas na véspera do casamento decidiram se separar: o amor fenecera. Em visita a Caetano Veloso, no Rio de Janeiro, Milton confidenciou-se triste com o fato. Caetano espantou-se em como aquela separação entristecera Milton: “ele me contava a história de Paula e Bebeto e chorava muito”.

Dias depois, quando Caetano o visitava em sua casa, Milton começou a dedilhar no violão a melodia que ensaiara para Paula e Bebeto. Caetano sentou-se no chão com Milton. Na terceira rodada ele havia fechado a letra de uma das mais belas modinhas da MPB: Paula e Bebeto, que eu gosto só na voz e violão, com Geraldo Azevedo.

Bebeto casou-se e tem quatro filhos. Paula idem e tem três filhos. Milton Nascimento é padrinho de um filho de cada um.

Comentários

  1. Quando vejo histórias como essa tendo como pano de fundo tal paisagem como a da foto. Lamento pela juventude dos jovens atuais, que estão presos aos sites de bate papo e facebooks da vida e esquecem de viver

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