Com a eleição de Zenaldo Coutinho (PSDB) para a prefeitura de Belém, a partir de 1° de janeiro de 2013 assumirá a Câmara Federal, como titular, o 2° suplente da coligação PPS/DEM/PSDC/ PRTB/PMN/PRP/PSDB, o tucano Dudimar Paxiúba, 56 anos.
O advogado natural de Itaituba obteve 25.092 votos em 2010, quando ficou na 2° suplência da referida coligação. Na 1° suplência ficou André Dias (PSDB), com 36.782 votos, que a renunciou para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Pará.
Como o deputado federal Nilson Pinto (PSDB) licenciou-se da Câmara Federal para assumir uma secretaria de Estado, enquanto ele não retornar permanece em seu lugar o 3° suplente da coligação ao norte referida, Valry Moraes, do PRP, que obteve, em 2010, 11.482 votos.
Tanto Paxiúba quanto Valry já exercem o mandato de deputados federais. O primeiro porque Zenaldo Coutinho licenciou-se para a campanha de Belém e o segundo porque Nilson Pinto licenciou-se para assumir uma secretaria de Estado.
A diferença é que, em janeiro de 2013, Dudimar Paxiúba (PSDB) torna-se titular do mandato.
Itaituba está de parabéns pois ganha um político de responsabilidade. Dudimar tem enfrentado uma oposição irresponsável em Itaituba, mas não tem arrefecido.
ResponderExcluirParsifal, essa questão do quociente eleitoral não seria um tanto quanto anti-democrática? Pois garante o mandato a quem não teve mais votos, ou seja, quem não foi escolhido pelo povo... Apesar de sabermos que o mandato é do partido (vulgo fidelidade partidária), isso não ocorre na hora de votar, pois votamos numa personalidade, num candidato. Levanto a questão para sua análise.
ResponderExcluirO nosso nó górdio é exatamente esse: temos um sistema eleitoral cujos alicerces são os partidos políticos, mas a grande massa eleitoral não dá atenção ao partido e privilegia o candidato. Por isso, o candidato também se desapega do partido e investe na sua personalidade, fazendo culto a ela para angariar votos, ou seja, o sistema puxa para um lado e o eleitor para o outro, daí a fidelidade partidária ser artificial.
ExcluirPara fugir às amarras da fidelidade, o sistema facilita o surgimento de partidos: eu ou você, bastando para isso disposição e algum investimento, podemos fazer um partido e recepcionar políticos com mandato que não estejam satisfeitos nos seus, pois a lei permite que você mude de partido sem perder o mandato desde que o partido seja recém criado.
Eu, particularmente, acho que o culto à personalidade é algo tão atrasado politicamente como adorar os césares e os faraós.
Precisaríamos caminhar para que a sociedade elegesse e programas, projetos e ideias, até ideologias, jamais pessoas. As pessoas, os candidatos, seriam apenas os operadores do conteúdo partidário. É assim nas democracias consolidadas. É assim que o eleitor começa a pensar politicamente pois ele não estará apostando em uma pessoa e sim em uma instituição.
Um dia chegamos lá. Não sei se verei isso, mas a história anda devagar aos nossos olhos.