O ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence (foto), presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, avaliando que houve uma “mudança radical” na composição do colegiado e descontente com a não recondução de dois membros indicados por ele, comunicou hoje (24) que deixará o colegiado.
A verdade é que Pertence já caíra em desgraça com a presidente Dilma Rousseff ao adotar posições na Comissão que, segundo avaliação do Planalto, expunham o governo desnecessariamente, daí a manobra do Planalto de não reconduzir Marilia Muricy e Fábio Coutinho, indicados por ele, com os quais sempre fechava os votos.
> Aparelhamento da Comissão
A verdade, ainda, é que o Planalto resolveu pautar a Comissão de Ética com a sua própria ética eventual e aparelhou o colegiado com pessoas escolhidas a dedo pela presidente Dilma: o advogado e procurador do Distrito Federal, Marcello de Araújo; o advogado trabalhista Mauro Menezes; e o ex-deputado federal Antonio da Silveira.
Definitivamente, ética não é um tema que o PT conheça e leve a sério.
ResponderExcluirOs membros da Comissão de Ética deveriam ser indicados, em sua maioria, por organizações da sociedade civil a fim de lhe garantir a necessária autonomia, mas o governo federal trata de aparelhar a Comissão com gente "confiável", de modo a ditar "sua própria ética eventual" segundo o seu acertado comentário.
A Dilma é assim: da boca pra fora uma coisa; nas ações outra coisa. Quando criou a Comissão da Verdade, jurou que era para investigar "todas" as graves violações aos direitos humanos de 1945-1985. Agora a Comissão revelou o seu verdadeiro caráter revanchista e que é mesmo da "meia" Verdade: só investigará as violações aos direitos humanos praticadas pelos militares de 1964-1985. Já o Conselho de Ética que ela quer é apenas o que referende as bandalheiras do governo; quando um conselheiro aponta ministros em flagtante de desvios éticos, ela o tira do Conselho. É simples assim. E ainda dizem que a Dilma é melhor que o Lula... Para mim, eles se igualam no que ambos têm de pior.
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