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À beira de um ataque de nervos

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Um jornalista da “Rede Globo” avistou o ex-deputado federal Paulo Rocha (PT) em um shopping center de Brasília e o abordou sobre o julgamento do mensalão.

Paulo Rocha acabou perdendo a tramontana e acusando o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, de se “mover pelo ego e não pelas provas do processo.”.

O jornalista retrucou que os demais ministros também estão condenando os réus, ao que Rocha retrucou que também “eles estão influenciados pela mídia.”.

O jornalista opinou que a pressão não era da mídia, mas da opinião pública. Rocha retrucou que “não tem opinião pública. A opinião pública não sabe de nada, sabe o que vocês publicam. O ministro não tem prova de nada, só indícios.”.

> Sem expectativas de absolvição

Argumentou ainda o ex-deputado que o que houve foram “empréstimos fraudulentos, os repasses, mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha.”.

Sobre a suas perspectivas do andamento do processo Rocha, acusado de ter recebido R$ 620 mil no esquema (que ele alega ter sido para caixa 2 de campanha), mostrou-se sem esperanças vãs: acha que todos os réus serão condenados e presos.

> Prisão

O jornalista perguntou se Rocha estava preparado para ser preso. Rocha, então, abandonou a parcimônia: “Você nunca me ouviu sobre o processo e agora quer saber se estou preparado para ser preso? Ah! Vai se foder!”.

O jornalista resolveu buscar apoio na “opinião pública” e virando-se para uma moça postada atrás do balcão de um quiosque perguntou o que ela achava do julgamento do mensalão: “Estou amando! Finalmente está havendo justiça nesse país. Mas minha irmã é quem está mais bem informada, porque é cientista política”, respondeu a balconista.

Paulo Rocha voltou a sua ira à senhorita: “Ah! Você não sabe de nada, só o que lê na imprensa, na ‘Veja’, que só está fazendo esse papel sujo porque o presidente Lula abriu o mercado para os árabes. Sua irmã também não sabe de nada! Intelectual que se informa por livros e não sabe o que se passou de verdade nesse processo!”.

> O joio sem crivo

Não há trigo no balaio do mensalão, mas é fato que o STF não está afeito a peneirar o joio: Paulo Rocha, um histórico quadro do PT nacional, recebeu o dinheiro para pagar contas de campanha e não para alimentar o esquema do mensalão.

No chafurdo, todavia, em que se tornou o julgamento, onde o STF abraçou o animus condenandi de forma absoluta, não creio que sobrará político algum para contar a história, pois hoje em dia o fato de ser político já é um agravante.

Comentários

  1. Conheço o Paulo e tenho certeza que o mesmo esta sendo vitima dessa armação da mídia(PIG). Nas cédulas de dinheiro a unica fonte comprovada que nos informa a origem das mesma, diz que é do Banco Central.
    Na internet já roda uma campanha em favor do Ministro Joaquim Barbosa para Presidente. Isso demonstra que o mesmo está afinado com as tendencias midiáticas!

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  2. tremendo pilantra esse Paulo Rocha

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  3. paulo rocha traiu os companheiros do pt de tucuruí Se lembra traidor

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  4. A mídia poderosa do Brasil dá as cartas, faz surgir heróis e bandidos da hora pra noite para manter os seus privilégios. Quando quer fazer valer uma opinião diz que é opinião pública, mas na verdade é privada, no duplo sentido da palavra.
    Os ministros do STF serão heróis até o dia em tiverem que desagradar os barões da imprensa, se esse dia chegar.

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  5. Sempre achei o Paulo Rocha um cara sério que deixou de ser sério se aliando a bandidos stalinistas como é o Zé Dirceu. É uma pena, mas é verdade.

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  6. Concordo que o fato de ser político já é um agravante, mas a culpa é de quem??? A imagem que o político tem hoje é só uma consequência. Cabe aos próprios políticos reverterem o quadro e recuperarem a credibilidade, mas para isso precisariam abandonar a malandragem, a prática do enriquecimento ilícito e trabalharem em beneficio da sociedade e do país.
    No entanto a quase totalidade dos políticos hoje me parece pouco dispostos a isso.
    Se os políticos hesitam em moralizar a política por vontade própria, a sociedade o fará pela força, através do verdadeiro poder.
    O povo começa a descobrir que na verdade é um gigante poderoso, mas que no entanto (e por enquanto) ainda se deixa dominar por anões. Mas as coisas começam a mudar...

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    1. Concordo plenamente. A mídia só divulga as trapaças que os políticos fazem e, até agora, nenhum veio a público COM PROVAS CONCRETAS que as publicações eram mentiras.

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  7. Pera lá, nobre deputado!

    Como é que V.Exª argui que o Paulo Rocha recebeu o dinheiro do valerioduto para "pagar contas de campanha e não para alimentar o esquema do mensalão"!?

    Se era para pagar "contas de campanha", por que o então Paulo Rocha mentiu - e foi desmascarado pela imprensa - quando disse que o dinheiro pertencia à sua secretária, algo assim!?

    Debaixo do céu, nenhum de nós é santo, é claro. Mas se pressupõe que um político deva prestar contas de seus atos - e não somente aos seus eleitores, uma vez que representa os interesses públicos e/ou coletivos. Paulo Rocha, assim como quase toda a cúpula do PT na ocasião, mentiu e se beneficiou de um esquema de corrupção agora desnudado no julgamento do STF. Merece, sim, ir para a prisão e deve se preparar para isto. Não deve seguir para a prisão porque é político, como V.Exª sugere, mas porque se converteu, como bem lembrou o ministro Joaquim Barbosa, em "mercadoria" do mensalão ou valerioduto.

    Por favor, me desculpe, mas não cabe aqui dourar a pílula, mesmo em favor de alguém que conhecemos.

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    1. Eu não teci o texto opinando se o Paulo Rocha mentiu ou não: asseverei que ele recebeu um valor para pagar contas de campanha e opino que por isso (foi esse o crime eleitoral cometido) ele deveria ser julgado e condenado e não por crime diverso daquele que praticou.
      O STF fez uma opção pragmática: caso aceitasse a tese de Caixa 2 (o que foi a verdade de alguns réus, como João Paulo Cunha e Paulo Rocha) o crime já estaria prescrito e a Corte seria, pela sua própria morosidade, condenada pela opinião pública por absolver quem essa mesma "opinião pública", quer ver condenado.
      Eu não sugeri que o Paulo Rocha deve ir à prisão porque é político (eu não sou adepto de penas privativas de liberdade para ninguém, seja político ou não, se o apenado não representar risco à integridade física do cidadão). Asseverei que ser político é um fator agravante na hora de formar o convencimento do julgador, pois contra nós, políticos, (e aqui não discuto a gênese) haverá sempre de pesar a presunção do dolo.
      Discordo do seu parágrafo final e do próprio Joaquim Barbosa quanto a Paulo Rocha (e não tenho absolutamente nenhum relacionamento de amizade com ele que pudesse me fazer esgrimir a seu favor), pois ele não participou do mensalão como o núcleo político do PT o fez.
      Continuo na tese (fundamentada em informações privilegiadas advindas do vil prostíbulo em que vivemos) que o seu crime foi de receber recursos para Caixa 2.

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  8. Reparem que aqui no Norte a coisa tá braba, é IDEB e GINI, tudo desabando, o que está acontecendo?

    Renda do trabalhador cresce e distância entre pobres e ricos diminui, diz IBGE
    Sex, 21 de Setembro de 2012 12:41

    O rendimento médio mensal real do trabalhador brasileiro cresceu 8,3% entre 2009 e 2011. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor chegou a R$ 1.345.

    Os maiores aumentos no rendimento foram registrados nas regiões Nordeste (10,7%) e Centro-Oeste (10,6%), sendo esta última a que concentra o maior valor do país: R$ 1.624. Já a Nordeste, apesar do crescimento, continuou sendo a que apresenta o pior rendimento médio: R$ 910.

    Além disso, segundo a Pnad, os rendimentos registraram maior crescimento entre os mais pobres. A parcela dos 10% mais pobres da população teve o maior aumento (29,2%), enquanto o 1% mais rico teve 4,3% de crescimento.

    Com isso, a diferença entre os dois estratos populacionais caiu, apesar de continuar grande. De acordo com a pesquisa, a média dos rendimentos dos mais ricos era 87 vezes maior do que a dos mais pobres, em 2011. Em 2009, a proporção era 107.

    "A gente observa que os maiores aumentos aconteceram, de forma geral, nas classes de rendimento mais baixo. Isto é, as pessoas que recebiam menos tiveram mais ganhos do que aquelas que recebiam mais. Isso tem um reflexo direto no índice de concentração de rendimentos, que a gente mede por meio do índice de Gini. Quase todas as regiões do país tiveram redução desse índice", disse a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.

    O índice de Gini varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade na distribuição de renda na região. O índice brasileiro caiu de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011.

    "Isso vem acontecendo nos últimos anos principalmente em virtude dos elevados aumentos do salário mínimo. O salário mínimo puxa a parte de baixo [dos estratos de renda]. Embora o salário daquele pessoal mais pobre nem chegue a um salário mínimo, ele serve como referência e puxa um aumento para cima", diz Fernando de Holanda, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

    A queda do índice de Gini ocorreu em quatro regiões brasileiras. A exceção foi a Norte, onde a média do rendimento dos mais pobres se afastou da dos mais ricos. No Norte, o índice subiu de 0,488 para 0,496, mostrando que a desigualdade na distribuição de renda aumentou.

    A Pnad mostrou ainda que as diferenças de rendimento entre homens e mulheres persistem no país, apesar de terem diminuído entre 2009 e 2011. O rendimento médio das mulheres, em 2011, foi R$ 997, ou seja, 70,4% da média recebida pelos homens (R$ 1.417). Em 2009, o valor recebido pelas mulheres representava apenas 67,1% do rendimento masculino.

    Na avaliação por categorias de emprego, os militares e empregados públicos estatutários tinham rendimento médio de R$ 2.289, enquanto o dos trabalhadores domésticos sem carteira assinada era R$ 424. Nas demais categorias, os rendimentos observados pela Pnad foram: empregados com carteira assinada (R$ 1.303), empregados sem carteira assinada (R$ 829) e trabalhador doméstico com carteira assinada (R$ 693).


    Fonte: Agência Brasil

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  9. Valdemir Monteiro21/09/2012, 17:05

    Infelizmente os políticosa de hoje (e raramente não são todos) têm essa imagem. No caso do julgamento do mensalão acredito que os Ministros do STF estão fazendo um julgamente meramente técnico e não político, do contrário todos seriam absolvidos, uma vez que a maioria deles foi indicada pelo então presidente Lula.
    Ocorre que antes de o PT passar de fiscal para fiscalizado, tudo era maracutaia e todos (que não estavam do seu lado) eram currúptos e ladrões.
    Espera-se que com esse julgamente (em tendo condenações, prisões ou não) os políticos tenham mais responsabilidade em legislar não em causa própria, mas sim para aquelas a que foram eleitos: Nós brasileiros.
    Valdemir Monteiro

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  10. O PT começou a sua historia com presos politicos e atualmente a historia o faz com politicos presos.

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  11. Dep. Parsifal o secretario Luís Fernandes ta visivelmente nervoso com a possibilidade de sofrer ações do Mp por conta da delta. Abcs

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  12. Parsifal, o Ministro Joaquim Barbosa deve servir de exemplo para a maioria dos politicos desta terra, quem dera que um dia tivessemos um Presidente da Republica como este Ministro. Lugar de ladrão é na cadeia!

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  13. A pergunta que não quer calar é: o ex-presidente Lula vai visitar os mensaleiros no presídio da Papuda?

    É nessas horas que se veem os verdadeiros amigos...

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    1. Se o Lula vai eu não sei. Em sendo amigo eu iria toda semana.

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    2. Por isso que o Jader te admira tanto Parsifal. Ele sabe

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  14. Parsifal, como voce esta com pena do mensaleiro Paulo Rocha que tal voce levar ele para sua casa? Um cara que pega dinheiro na calada da noite, dinheiro este escuso a muito deveria já estar na cadeia. Cadeia não é somente para pobre!

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    1. Não lhes tenho pena e nem o quero em casa, mas tenho convicção de que o seu crime foi caixa 2 e por isso ele deveria ser condenado.

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